Até posso compreender que haja um fervor e um clubismo mais exacerbado quando um líder de uma Instituição como o Sporting se dirige à massa associativa, no caso à comunidade local leonina em Nova Iorque. Mas daí a dizer que “somos o clube mais poderoso do mundo” é algo que já roça a patetice.
Para cada um de nós, Leões, o nosso clube estará sempre acima de tudo e de todos, só que um líder, pese embora lhe ser exigido ser um optimista também deverá ter os pézinhos bem assentes no chão. É que só assim poderemos ser realistas na definição e atingimento dos objectivos. E seguramente que o objectivo supremo da nação leonina será voltarmos a ganhar e regressar à conquista de títulos em força nas várias modalidades em que competimos.
Dizer que somos já os mais poderosos do planeta, numa fase em que ainda temos tanto para pedalar, só serve para vermos o presidente da nossa instituição ser gozado e para ser apelidado de lunático desfasado da realidade. Actos de fé de poderio são uma coisa, conhecer a realidade e assumi-la é outra. Da humildade se fazem os campeões!
No que a mim diz respeito, prefiro continuar a subscrever o nosso querido Visconde de Alvalade: «Queremos que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa»!
Nuno M Almeida
