O seu a seu dono.
Da mesma forma que antes critiquei Frederico Varandas e Hugo Viana, nomeadamente as suas opções estratégicas a nível de política desportiva, tenho que dar novamente os parabéns aos dois, os quais tiveram a coragem e a ousadia de apostarem num jovem técnico, sem o nível IV e com um currículo ainda muito curto, desembolsando 10 milhões de euros para o resgatarem ao Braga.
Um casamento perfeito entre o antigo jogador do velho rival e o Sporting, trazendo uma nova filosofia, uma ambição renovada, uma identificação muito grande com a nossa cultura de clube e um discurso absolutamente eficaz e empático.
Se dúvidas havia sobre o talento e o potencial de Rúben Amorim, dois campeonatos em quatro temporadas falam por si e ajudam cabalmente a dissipar todos os pontos de interrogação.
Por tudo isto, a minha vénia a Varandas e Viana.
FC Porto, 2 - Sporting, 2
Que péssima entrada do Sporting no Dragão, com Amorim a inovar, com Gonçalo Inácio no corredor esquerdo, Paulinho a titular e Gyökeres no banco.
Provavelmente, a par do primeiro jogo com a Atalanta, a pior primeira-parte da temporada.
Equipa nervosa, sem capacidade para sacudir a pressão constante do adversário, passes errados e inoperância para criar perigo e fazer a bola chegar lá à frente.
No segundo tempo, já com Morita, Nuno Santos e Gyökeres, num Sporting mais próximo do habitual, melhorámos significativamente a qualidade de jogo, equilibrando as coisas.
O golo do nosso matador foi o corolário do domínio que passámos a ter. O segundo a consequência da melhor eficácia leonina.
O vermelho a Edwards foi claramente exagerado, ato teatral de Galeno, mas o inglês tem que corresponder ao talento nos pés maior qualidade na cabeça.
A três jornadas do final, agora com cinco pontos de vantagem, continuo a achar que festejaremos o título no Estoril, mas é preciso pés bem assentes no chão e muita concentração, porque os três próximos adversários lutam pela manutenção.
Gil Vicente, 0 - Sporting, 4
A sete jogos do final do campeonato, entrada pujante e pletórica do Sporting em Barcelos, mesmo fazendo descansar alguns habituais titulares, mostrando que rapidamente queria resolver esta partida.
A saúde mental da equipa é notória, aliada a uma ambição e uma disponibilidade para o jogo verdadeiramente notáveis, muito patente na primeira parte, com os leões a irem para o descanso a ganhar por 4-0. A destacar alguém, diria que Trincão merece um relevo especial, pela exibição e sobretudo pelos dois golos marcados.
No segundo tempo, o Gil Vicente procurou ser mais perigoso, atrevendo-se mais no ataque, numa toada consentida e gerida pelo Sporting, que mesmo assim nunca perdeu o foco no ataque e em desferir golpes contra a baliza gilista, pese embora sem a eficácia dos primeiros 45 minutos.
Ficam agora a faltar seis finais!
