E depois do clássico...
O que fica da vitória:
Churchil dizia que é mais fácil lidar com os problemas que traziam as vitórias do que os que surgem com a derrota mas que ambos são difíceis de resolver. E isto aplica-se perfeitamente ao momento do SCP. Da vitória de domingo fica um resultado importante para nós. Saúdo também a forma como foi alcançada: solidariedade, comunhão de objectivos e esforços entre os elementos da equipa e do público com esta. Por resolver ficam:
- A falta de solidez defensiva da generalidade da equipa e até no extremo reduto da equipa, com o acumular de erros defensivos por parte de Rony e desatenções no eixo que poderiam ter custado a vitória.
- O recuo excessivo da equipa para uma postura defensiva demasiado passiva.
- A falta de agressividade na procura da posse da bola.
- A falta de capacidade de circulação e de posse da bola.
Estes têm sido afinal os calcanhares de Aquiles da equipa e que tardam em ser resolvidos. Da sua resolução ou da sua perpetuação dependem o êxito ou o fracasso da nossa equipa.
Sorte ou mérito?
A forma como foi alcançada a vitória frente aos actuais campeões nacionais suscitou uma discussão sem sentido sobre o mérito da nossa equipa na obtenção deste resultado tão importante. Uma equipa sem sorte não ganha e sem mérito também não! Se a equipa teve sorte em determinados momentos também teve o mérito da eficácia. E mais do que sorte houve demérito do adversário ao não aproveitar as inúmeras oportunidades de que dispôs. Resumindo: fomos melhores num aspecto decisivo do jogo: na capacidade de concretizar. Se o golo é o sal do futebol e o jogo de domingo fosse uma competição entre mestres de culinária o nosso prato seria saboroso mas com pouco cuidado com a aparência e o do fcp uma bonita obra plástica que não sabia a nada. Se quiserem de outra forma: fizemos um belo cozido à portuguesa e eles um daqueles pratos com óptima aparência, com nomes esquisitos “à lá quelque chose” mas com sabor entre o nada e coisa nenhuma.
Camada fina de gelo.
Esta vitória foi de uma importância decisiva. Se não acontecesse ficaríamos numa posição assaz incómoda para o resto do campeonato. Poderíamos ter caído para um frustrante 4º lugar e teríamos deixado de depender de nós próprios para alcançar aquele que me parece ser o objectivo mínimo desta temporada: o apuramento para Champions League. E pior do que o afundar na classificação seria uma autêntica descida aos infernos com consequências inimagináveis, dado o estado de ânimo que se instalou nas nossas hostes deste a sequência de maus resultados. Andamos, neste momento, por cima de uma camada de gelo muito fina, em que só as vitórias nos poderão fazer chegar a margem segura. Nestas situações exige-se nervos de aço e é isso que se exige a todos, adeptos, direcção, equipa técnica e plantel. Porque se perdermos – isto é, se não alcançarmos o objectivo mínimo - perderemos todos. É importante ganhar a taça da liga e a taça de Portugal. Mas por razões económicas, pelo prestigio e sobretudo para que possamos subir mais um patamar na mais importante prova internacional, é muito mais importante sermos os primeiros dos últimos, por mais desesperante que isso seja para nós.
Os jogos mais importantes:
O jogo de hoje e o de domingo em Belém são, por tudo o que disse acima, os jogos mais importantes da época até agora. Ganhá-los não é importante. É a única coisa.
verdão
Sangue LEONINO
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