Plano curto é risco desnecessário

RÚBEN AMORIM é um treinador de ideias fixas. Todos o sabemos e os leões até agradecem. Afinal, pouco depois de chegar a Alvalade conquistou o título e os adeptos estão-lhe eternamente agradecidos. Fez muito com pouco. Agarrou na formação e elevou muitos ao estrelato.

Nuno Mendes, Palhinha, Matheus Nunes ou Porro valeram milhões, mas as saídas não foram devidamente compensadas. É certo que o clube tem de vender para equilibrar as 

contas, mas o treinador também tem de convencer a Administração a... comprar. 

E é aqui que tem residido o problema. 

Amorim continuou a tentar fazer muito com pouco e a estratégia não resultou. Tanto que o clube ficou fora da Champions. E para não voltar a perder os milhões tem de investir. De forma convicta. A contratação de Gyokeres é um bom princípio, mas o Sporting precisa de mais. Precisa de um novo Porro e de um meio-campo com outras alternativas a Morita e Bragança. 

A dinâmica do 3x4x3 é muito exigente para a dupla de médios e Essugo e Mateus Fernandes não estão ainda preparados. Amorim hesita entre um 6 e um 8 para aumentar a concorrência, mas a equipa precisa é mesmo de mais dois médios. Ter um plantel curto é um risco desnecessário. Basta recordar que quando foi campeão dispunha de Palhinha, Matheus Nunes e João Mário. E os 3 foram utilizados em quase todos os jogos. Ter bons jogadores nunca é de mais. O problema é não os ter...

Hugo do Carmo