Missão 2008 : Acreditar sempre!
O final de um ano não é a melhor altura para fazer o balanço da actividade de um clube como o nosso, pela razão fundamental que, sendo o futebol a actividade que lhe serve inevitavelmente de barómetro, este tenderá a ser parcial e incompleto dado que o campeonato está precisamente a meio.
Não vou fazer, por isso, esse balanço, mas sim reflectir sobre aquele que me parece ser um momento decisivo na história do nosso clube. Muito do que se está a fazer, sobretudo na consolidação das contas da SAD, e acontecer na vida desportiva terá uma influência decisiva no nosso futuro, talvez duma forma mais marcada do que em qualquer outro momento que se toma ou adia uma decisão. A margem de erro é escassa.
Parece-me ser hoje pacífico entre todos os sportinguistas que não poderemos ambicionar êxitos ou a revitalização do clube sem arrumarmos a casa. Independentemente de serem pró ou contra qualquer facção ou movimento, parece-me que os sportinguistas têm a noção clara que, sem a resolução dos problemas financeiros, dificilmente teremos uma equipa capaz de competir com os nossos adversários mais directos e que ombreie com os pergaminhos históricos do clube.
No entanto há um ordenamento prévio que deveremos fazer que é o da nossa atitude perante o clube. Enquanto os sportinguistas discutirem entre si como chegamos a este patamar, mais orientados para o apontar bodes expiatórios, para disputas pessoais, motivados por vaidades ou ânsia de poder do que em perceber, com rigor, os erros cometidos que nos trouxeram até aqui, o clube estará a marcar passo e, assim, a perder terreno.
O momento é ainda mais importante por me parecer que existe uma corrente de descrença, de desmobilização que mina a confiança desde a equipa de futebol, passando pelos técnicos e terminando em nós, adeptos e associados. Os exemplos estão aí, não vale a pena apontá-los. Sem acreditarmos em nós dificilmente venceremos. Muitas vezes tenho assistido a jogos, este ano e em anos anteriores em que, lutando contra nós mesmos – a equipa descrente, o estádio mudo ou a assobiar – nos tornamos presas de adversários ao nosso alcance ou mais fracos do que os que nos igualam.
A importância do momento ainda me parece maior quando vivemos entalados entre os êxitos do passado do slb e os êxitos do presente do fcp. Por momentos parece-me que nos esquecemos da nossa própria grandeza, que também pode ser medida em vitórias nas mais diversas áreas, tornando-nos pequeninos aos nossos próprios olhos, inflacionando assim, por consequência, o valor dos nossos adversários. Não há pior derrota do que não acreditar, do que desistir antes de começar. Para quê competir, então?
O que eu desejo para 2008 é que façamos tréguas. Não com os nossos adversários mas com o clube. O clube precisa que o caminho preconizado para o saneamento financeiro seja levado a efeito e para isso é necessário rigor e muita perseverança. Sobretudo no momento em que os resultados desportivos não aparecem. Sejamos exigentes com os que dirigem o clube, estejamos atentos mas sejamos também justos e solidariamente responsáveis.
Não vivemos um momento desportivo feliz. Mas estamos longe de estar arrumados ou fora de combate. Porque, meus caros, o ano de 2007 pode ser uma lição de esperança para todos. Gastando menos do que os aparentam ser mais endinheirados conquistamos 2 troféus importantes. Isto prova que podemos continuar a ser competitivos enquanto fazemos os trabalhos de casa . E se os fizermos bem feito, puxando todos para o mesmo lado, só podemos esperar melhor.Podemos e devemos acreditar. Mesmo que o caneco mais cobiçado, que nos fugiu por apenas 1 ponto na época passada, nos pareça outra vez distante.
Sangue LEONINO
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