É urgente uma inflexão na estratégia

É certo e sabido que nenhum clube consegue ser campeão baseando a sua equipa apenas na formação, mas é indesmentível que nos últimos anos muita coisa mudou - para pior - em Alvalade.

E é por isso que subscrevo e me permito aqui reproduzir um excerto de um texto da candidatura de Dias Ferreira, o qual coloca judiciosamente o dedo na ferida e levanta questões bem pertinentes, sobretudo numa altura em que há cada vez menos vestígios da nossa formação no nosso plantel de futebol profissional e cada vez menos jovens leoninos convocados para as seleções - ao contrário do que se passa com os nossos rivais.

Sabemos que jogadores que transitam dos juniores para os seniores não rendem comissões a TODOS os intervenientes nos processos de transferência, ao contrário da contratação de estrangeiros - muitos de duvidosa qualidade - mas caramba, vamos estar reféns de empresários alarves, hipotecando aquilo que sempre foi uma das jóias da nossa coroa - a nossa formação?

“Nos últimos 6 anos, o Sporting contratou praticamente 200 jogadores para um plantel de cerca de 25 atletas, a maioria nem sequer é conhecida pelos sócios, vários nunca chegaram sequer a jogar. O que explicita a forma desequilibrada e irracional como foram geridos alguns dos investimentos realizados.  

O Sporting não pode continuar a ser um refúgio para os empresários gerirem as suas carteiras de jogadores, sem com isso retirar benefícios. Somos um dos maiores viveiros de jogadores do mundo! 

Precisamos de valorizar os atletas com origem na formação, rentabilizando a compra de profissionais de futebol através de uma política ponderada, em que o nosso Clube reassumirá a total liderança do processo.”

Nuno M Almeida