Haverá espaço para Fábio Paim?

Numa altura agitada para os lados de Alvalade, visto serem várias as possibilidades que vão surgindo para o reforço do plantel, bem como, em termos de possíveis saídas dos jogadores actuais, o Sporting tem olhado também para jogadores seus que podem vir a ser futuras referências e tem chamado aos trabalhos da equipa, Diogo Rosado, Owusu, Wilson Eduardo e tem em Rabiu Ibrahim um jogador de quem se espera muito e que poderá vir a integrar já em Janeiro o plantel.

No entanto, confesso que me intriga demasiado, um talento como Fábio Paim não estar no Sporting. Um jogador que durante a sua formação chegou a ser apontado como tendo capacidades superiores a Cristiano Ronaldo, a quem ainda se pode augurar um futuro ao nível dos melhores, não estar a ser aproveitado pelo Sporting, que é conhecido mais pelos talentos que lança, do que por não o fazer.

O que teria acontecido a Cristiano Ronaldo e a Quaresma, se quando subiram ao futebol profissional, tivessem sido emprestados a clubes da Liga de Honra ou da 2ª Divisão B? Teriam tido a mesma ascensão rápida na carreira que os levaram a ter reconhecimento internacional das suas capacidades e talento?

Estas são questões que me assolam e onde penso que quando os jogadores são jovens e têm imenso talento, como é também o caso de Fábio Paim, que aos 21 anos tem ainda muito para dar ao futebol, a sua integração deve ser feita onde eles sentem uma confiança ao nível das capacidades que possuem e motivados para exponenciá-las mais ainda, e não em divisões onde a motivação de jogar para ganhar e vencer títulos não acompanha a mentalidade que exibiram enquanto jogadores da formação, numa formação sportinguista de grande referência internacional.

Mais do que esperar que num curto período a nossa equipa se transforme numa equipa que jogue um futebol entusiasmante, o caminho para mim, faria melhor sentido se fosse o do enriquecimento individual e por consequência colectivo dos jogadores que melhor podem dar esse futebol espectacular, para aí sim, com o trabalho de Carvalhal, pedagógico, onde tacticamente pretende aproveitar as alas ofensivas, em que a mentalidade incutida será diferente e mais de acordo com as exigências futebolísticas de uma equipa que compete por títulos, veria no aproveitamento daqueles que poderão ser os jogadores que façam a diferença no futebol, dando o espectáculo que todos sonham quando vêm um jogo, uma mola importante para que esta massa adepta volte a encher Alvalade!

Lion King