"O Mundo sabe que pelo teu amor, eu sou doente / Farei o meu melhor para te ver sempre na frente / Irei onde o coração me levar / E sem receio... farei...o que puder pelo meu Sporting" - osangueleonino.blogspot.com -

Sangue LEONINO

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

A memória é curta...








Volto ao tema polémico da pré-campanha eleitoral e da recentíssima azeda troca de palavras, entre notáveis do nosso clube, para esclarecer a minha posição face ao tema, aludindo assim a um comentário - misto de interpelação - deixado neste blogue.

Ponto prévio: ainda não decidi apoiar qualquer das candidaturas já explicitadas porque aguardo para ver se mais haverão e porque pretendo saber quais os programas eleitorais de cada lista.

No entanto, e retornando a esta recente quezília entre José Roquette e João Rocha, não posso deixar de escrever o seguinte, mesmo não estando a tomar o partido de quem quer que seja:

Em relação a João Rocha o que eu assisti no final dos anos 80 foi a uma fase final do seu consulado inegavelmente pautada por uma gestão desastrosa, a nível económico-financeiro e também desportivamente, tendo a mesma sido prosseguida por Amado de Freitas, numa lógica de "retrocesso na continuidade", batendo-se definitivamente no fundo pela mão do inenarrável Jorge Gonçalves.

Sousa Cintra, na primeira metade dos anos 90 ainda tentou reconstruír o clube, restituiu-lhe alguma credibilidade, tanto a nível desportivo como junto da banca, até chegar a um ponto em que se constatou claramente não ser ele o líder talhado para cimentar o futuro do clube. Provavelmente, tinha boa-vontade em excesso e um irrepreensível sportinguismo, mas a nível de gestão não havia obviamente capacidade para mais...

Depois, veio o efémero Santana Lopes, sem fama nem glória, até que José Roquette teve a coragem de pegar no clube, implementar um modelo empresarial adaptado a uma realidade desportiva, assumindo um claro pioneirismo na vida desportiva nacional, rompendo com um certo estilo de dirigismo demasiado fulanizado e exageradamente assente na carolice, e a verdade é que essa estratégia deu frutos, tendo-se quebrado um jejum de 18 anos, no que ao futebol concerne, mesmo não sendo a conquista do campeonato nacional a primeira prioridade da equipa de Roquette. Mesmo assim, chegámos lá!

Agora temos a melhor Academia do país, a melhor escola de formação de jogadores, com talentos a despontarem todos os anos e um estádio magnífico, o qual seria construído mesmo sem Euro 2004 e sem dinheiros públicos, e que - dizem os entendidos - é o que melhor infraestruturas oferece, até pela sua singular polivalência.

Chegam estes exemplos?

Se alguns querem enveredar pelo bota-abaixo, pelo populismo e pelo tom caceteiro e trauliteiro, pelo regresso ao passado, não contem comigo!

Eu quero um SPORTING virado para o futuro.

Leonino
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