Esta equipa não vale uma imperial (ou um fino)!
Coelhinhos da Páscoa
No meu post de lançamento do jogo escrevi “espero que os 11 de hoje percebam a transcendência do momento, sintam a camisola que envergam, entregando-se por completo. Se assim o fizerem estarão mais perto de ganhar e serão merecedores do nosso respeito e aplauso. Pelo menos do meu.” Pois o que vi ontem foi precisamente o contrário. Não foi perder a taça que me custou mais foi sentir que os que jogaram mais os que prepararam o jogo – não posso chamar aquilo equipa – não quiseram sequer ganhar. Comportaram-se todos como uns coelhinhos da Páscoa, doces, prontos a comer.
Treinador
Não serviu de nada ao nosso técnico ter levado, só esta época, 3 ensaboadelas tácticas do seu opositor de ontem. Pela forma como preparou (mal) o jogo de ontem dir-se-ia que “não esteve cá” nos jogos anteriores. Espetou com o tradicional losango e pronto. Estranho a apatia ou até resignação com assistiu ao naufrágio, moroso mas inapelável, da equipa. Pareceu sempre mais preocupado com o nó da gravata ou com a camisa do que com a horrível prestação dos seus comandados. Ontem PB pareceu conformado. Será que também já aceitou que não é possível por esta equipa a jogar futebol? Permitiu que Izmailov estivesse em campo tanto tempo, o mesmo com Rogmanoli, sem nada produzirem. Não me venham com a falta de alternativas pois qualquer júnior, a recuperar duma rotura de ligamentos, faria melhor que o russo. E que dizer do escalonamento dos jogadores que bateram os penaltys? Porque escolheu os que têm o terrível historial de menos de 50% de aproveitamento para a fase inicial? E desde quando anular as “perigosas transições” de uma equipa como o Setúbal pode ser predicado digno de qualquer realce para um clube como o SCP? Perdemos e agora temos os outros objectivos. E é com esta abordagem que os vamos atingir?
Equipa mansa
Um punhado de jogadores não faz uma equipa. E como o Setúbal provou, é melhor ter uma equipa do que 11 bons jogadores. Esta é uma equipa que tem medo do adversário e, pior, tem medo de si própria. Houve muita falta de classe para resolver os problemas com que deparou, mas também muito pouca atitude, muito pouco querer. Sou sportinguista em todos os momentos, mas não me revejo nesta equipa mansa, conformada e acobardada, sobretudo porque acredito na qualidade individual dos jogadores. Ontem fomos um adversário fácil de prever e por isso de anular. E o Setúbal, mesmo atacando pouco mas sempre com maior perigo, sempre pareceu sentir-se mais cómoda com o decorrer do jogo e com o desfecho por penaltys. Como é possível que sejamos tidos como facilmente anuláveis a rematar de 11 metros, só com o guarda-redes pela frente?
SAD
Não sou dos que pedem que role a cabeça do presidente ou de MRT cada vez que a equipa perde. Até porque acho que os problemas que nos afectam mais este ano radicam mais de más decisões de cariz técnico-táctico do que administrativo. Mas o relógio não para e época seguinte já deve estar a ser preparada. E antes de se decidir que jogadores contratar é preciso decidir:
- É Paulo Bento treinador para dar a volta à ausência de fio de jogo, à falta de sentido colectivo que deve nortear qualquer equipa, é capaz de escolher os reforços certos?
- Quantos destes jogadores continuam para o próximo ano?
- Vale a pena exercer a opção por Izmailov? (deve ser como se diz Carlos Martins em russo. Tanta promessa para tão pouco acerto, sendo que o de Huelva fala português e não tínhamos que comprar o passe.) Para um clube formador 5 milhões de € parecem muito por um jogador tão inconstante. Por vezes fica a sensação que foi às cabines trocar de botas, tamanhos são os momentos em que desaparece do jogo.
- Na mesma filosofia de clube formador onde cabe um jogador como Saleiro, como Paez, quando damos 600 mil por Tiuí?
P.S.- Un fino é uma imperial do Mondego para cima. Em honra dos sportinguistas do Norte, que sofrem como os de Lisboa, com o slb e ainda têm que assistir de perto à vitórias do fcp.
verdão
Sangue LEONINO
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