Inquérito da Liga, exige-se!
Fiquei perplexo ao ouvir as palavras de Lucílio Baptista na SIC, a sensação que tive foi que estava a ser entrevistado o filho de Gepeto. Vejamos:
Como é possível afirmar que no campo não tem dúvidas de que é grande penalidade se confessa que não vê o lance? Ora bem, das duas uma, se vê algo que não existe é porque erra propositadamente, se não vê, não pode ajuizar. Não é assim?
Quando afirma "no ângulo onde eu estou fico com a certeza de que ela é desviada com o braço, ahhhmm, esse, esse... não tive a menor dúvida". Comecei a notar as primeiras alterações no seu nariz.
Prossegue então a afirmar que há um pormenor que o chocou em que dizem que o 1º assistente dele (não, não é o Di Maria) que diz que não é penalty ao qual afirma que "é totalmente falso". Logo de seguida a jornalista pergunta-lhe "então naquela conversa que está a ter pela intercomunicação, foi nessa altura que teve uma dúvida, é isso?" Surge a resposta: EXACTAMENTE.
Paremos aqui um bocadinho para analisar isto.
1º - O Sr. Lucílio apita inicialmente um lance que diz não ter dúvidas nenhumas.
2º - O Sr. Lucílio conversa com o 1º assistente para o ajudar porque, segundo o próprio, teve uma dúvida.
??
Como apareceu então essa dúvida a quem não tinha inicialmente dúvidas nenhumas, Sr. Lucílio?
Vamos, com a ajuda do próprio, tentar descobrir.
Segundo se percebe nas imagens a dúvida surge com a interferência do tal 1º assistente que com um ligeiro mas bastante perceptível abanar de cabeça, parece indicar que não há lugar a grande penalidade. Apesar do tapar de lábios tipicos de uma classe que se pretende transparente e impoluta, é notório que pelo menos uma mensagem está a ser transmitida ao chefe de equipa e que é essa mesma mensagem que gera a tal dúvida que Lucílio reconheceu existir.
É aqui que a bota não bate com a perdigota.
Lucílio Baptista afirma que "do sítio onde ele se encontrava o 1º assistente, não vê o lance e quando estava a dialogar com ele recebeu a informação do assistente nº 2 a confirmar a decisão de penalidade".
Recapitulemos, então:
1º- Lucílio não tinha inicialmente dúvidas;
2º- Segundo o próprio, o 1º assistente não viu o lance por causa do ângulo pelo que não estaria em condições de emitir juízo;
3º- O 2º assistente confirmou a grande penalidade.
Então pergunto:
QUANDO E COMO SURGIU A DÚVIDA?
Não terá surgido porque na verdade recebeu indicações do assistente mais bem colocado a afirmar que não havia lugar a grande penalidade?
Não terá sido isso que o levou a deslocar-se junto do 1º assistente que lhe deu indicações contrárias às por si já tomadas?
Não terá optado pela decisão mais fácil que seria prosseguir com a opção inicial por ver a sua tese corroborada por um assistente que, ainda assim, se encontrava pior colocado?
Assim concluo:
a) É para mim notório que a dúvida surgiu em Lucílio Baptista após a conversa que está a ter pela intercomunicação (como aliás o próprio reconheceu).
b) Nenhuma indicação tornada pública por Lucílio Baptista é geradora ou motivo de criação de dúvidas visto que, segundo o próprio, um assistente não vê o lance por falta de ângulo e o outro corrobora que é penalty.
Pela impossibilidade de b) ser gerador da dúvida de a), e à falta de mais dados revelados por Lucílio Baptista, não me resta outra hipótese como cidadão e adepto do futebol transparente que não seja formar opinião que este Sr. a está a mentir, ou no mínimo, a omitir dados importantes. Não há outra leitura.
Exigir assim às entidades competentes, nomeadamente à Liga Portuguesa de Futebol Profissional a abertura imediata de um inquérito.
Apure-se a verdade dos factos que terão levado ao assinalar desta grande penalidade que manchou, uma vez mais, o futebol português.
Abraço de Leão.
Verdão.
Sangue LEONINO
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