Exige-se uma profunda reflexão!

Praticamente terminada a nossa época desportiva 2022/23 não há que ter medo das palavras: foi uma desilusão, uma frustração e o exemplo daquilo que não se deve fazer.

Mau planeamento, erros atrás de erros, venda de jogadores fulcrais (Palhinha, Matheus Nunes, Porro…), só podiam culminar num jejum de títulos e numa classificação no campeonato absolutamente decepcionante.

A estes senhores da foto, um deles presidente do clube e da SAD, outro, o director desportivo, e o terceiro, o treinador do plantel principal, cabe-nos lembrar que num clube da nossa dimensão não se pode aceitar que voltemos a ter em 2023/24 uma temporada futebolística semelhante a esta.

Se nos sucessos são credores do nosso aplauso e do nosso elogio, neste momento deverão ser também alvo da nossa crítica e assumir responsabilidades, face a uma campanha muito abaixo daquilo que os pergaminhos deste clube e a sua história exigem.

Se estão dispostos a auferir ordenados muito generosos, a auto-aumentarem a sua folha salarial, a pedir aos sócios quotas mais caras e lugares anuais que a muitos exigem sacrifício, então têm, no mínimo, que mostrar competência no desempenho dos seus cargos.

Não costumo ser extremista nem taxativo, e muito menos maniqueísta, até porque não defendo que as coisas sejam analisadas apenas numa lógica de preto ou branco, mas diria que a próxima época será decisiva na definição do futuro de qualquer um dos três no clube.

É que acima de tudo e todos, deverão estar sempre os supremos interesses do Sporting Clube de Portugal. E nada disso se coaduna com um quarto lugar no campeonato, uma derrota na final da Taça da Liga, uma eliminação na Taça de Portugal perante o Varzim (!) e ainda o falhanço da qualificação para os oitavos da Champions, no último jogo, em casa, com o Eintracht.

É fundamental uma cultura de exigência, porque sem isso, andaremos todos os anos a lamentar-nos do sucesso que a época desportiva poderia ter sido, mas que não foi!