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Sangue LEONINO

domingo, novembro 05, 2006

Algumas respostas

Respondendo às minhas próprias perguntas do post anterior eu diria que a ideia que o SCP dá de lhe faltar qualquer coisa resulta de uma conjunção de factores, embora alguns tenham um peso maior e outros não. Se quisesse sintetizar diria que à nossa equipa lhe falta o que Bobby Robson chamava “Killer Instinct”. Muitas vezes (quando damos as baldas da 1ª parte) mais parece que sofremos é de “suicide instinct”.

- Acho que da sorte não nos podemos queixar: nos últimos 4 jogos que não ganhamos apenas o jogado com o fcp nos terá deixado razões de queixa. Nos outros, se a sorte nos tivesse faltado, até podíamos ter sido pior.

- A falta de dinheiro que conduziu à política de aquisições "custo zero" foi resolvida com trabalho e inteligência, tendo em conta as possibilidades do futebol português. Os nossos adversários gastaram mais mas não contrataram melhor. O mesmo não se pode dizer da politica de dispensas. A saída de Deivid ( mal aproveitado, jogou sempre numa posição que não é a dele) deixou a linha avançada mais fraca. Bueno persiste em demonstrar o erro da sua contratação e a Alecsandro parece acontecer o mesmo que a Deivid. Yanick ainda tem muito osso para roer.

- A falta de um jogador com características de nº 10 é por demais evidente sobretudo atendendo ao nosso modelo de jogo. Jogando em 4-3-3 a falta de um jogador deste tipo não é tão notória e ele pode até ser dispensável. Em 4-4-2 e em losango é necessário que o jogador que jogue no vértice superior (o tal nº 10) saiba criar espaços para a entrada pelas alas dos médios que jogam nas laterais (e para os defesas laterais também), substituindo-se aos inexistentes extremos, criando desequilíbrios nas defesas adversárias, que permitam espaços aos pontas de lança. São os números 10 (os verdadeiros…) que criam também, com passes a rasgar a defesa, os espaços para as desmarcações dos avançados entres os defesas contrários. É finalmente o nº 10 o 1º elemento defensivo da linha média quando a equipa perde a posse de bola, se possível ainda no meio campo do adversário. Ora Carlos Martins e Romagnoli estão longe de cumprir, e sem alguém que assuma estas funções o nosso futebol é previsível e fácil de anular. Não é fácil ser avançado numa equipa assim. O actual momento do Liedson, para mim, deve-se mais ao sistema de jogo emperrado do que à falta de confiança ou perda de qualidades deste. Nem comento os dizem que tal se deve ao facto de ter assinado contrato…

- A rotatividade pode ter efeitos negativos também e isso acho que se faz sentir nas já famosas 1ªs partes que costumamos dar ao adversário. Jogador que joga pouco ou nada não joga como um jogador rotinado, nem se ganha segurança quando se muda em excesso.

- As opções de Paulo Bento também podem ter a sua influência, sobretudo na Champions. Em que equipa da Champions Yanick jogaria a avançado? Se não fosse Paulo Bento, nem no Sporting. A quem mais passaria pela cabeça emparedá-lo em Munich, entre aqueles centrais?

Olhando para o que já está para trás sinto com pena que o que perdemos foi mais por nós oferecido que conquistado pelos nossos adversários. O que também permite a esperança de que, corrigidos os erros, nos tornaremos mais fortes.
Apesar de já termos sofrido amargas desilusões (Paços, Bayern, Beira-Mar, fcp) - que a não existirem nos colocaria em lugares mais confortáveis - ainda nada está perdido. Será que posso dizer o mesmo daqui a um mês?
Verdão
    Sangue LEONINO


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