Nós, agora.
Como podem ver pelo que aqui escrevo, sou bastante crítico de algumas opções de Paulo Bento. E faço-o com à-vontade, pois também não sou avarento na hora de o elogiar.
A decepção que se vive é grande porque a expectativa também o era. Afinal esta equipa foi preparada com tempo e pelo próprio treinador, mesmo com as limitações financeiras conhecidas. Este ano, depois do 2º lugar da época passada, a apenas 1 ponto do 1º, todos ansiávamos por mais e julgávamos possível. Ao invés, estamos a viver o pior momento em termos exibicionais desde que PBento tomou conta da equipa, há 2 anos. Muito do desapontamento tem origem num factor imprevisto e fora do nosso controle: o disparar do fcp na Superliga. Porque, bem analisadas as coisas, estamos 1 ponto atrás do slb, depois de já termos jogado fora com os nossos principais competidores. Nas restantes competições mantemos as nossas aspirações intactas. No entanto, o que mais parece preocupar os sportinguistas, eu incluído, é o terrível momento de forma da equipa, com uma desastrada produção.
- Porque Pbento conhece bem o clube e está identificado connosco e com o futebol nacional.
- Porque tem a coragem de assumir os objectivos exigidos pelo nosso historial, pesem os poucos recursos disponíveis, quando comparados com os dos adversários com tem que se confrontar.
- Porque é um líder. Para bem e para o mal assume-se como tal e assume as suas decisões, técnicas e disciplinares.
- Porque, como já vimos em diversas ocasiões, ele consegue aliar a capacidade de ganhar à de produzir bons espectáculos, mas, quando tal não é possível, tem presente que a saúde de um clube se mede pelos resultados positivos.
Além do nosso treinador muito têm falado os sportinguistas das aquisições para esta época. Carlos Freitas continua a ser o alvo mais fácil, um verdadeiro sitting-duck. Para mim a principal questão reside nos recursos financeiros. Como podemos comprar pouco temos que acertar em todos, não há o direito ao erro. Por ora os nossos adversários, no mercado, fazem de cliente rico, que compra um cesto de maçãs e poderá dar-se ao luxo de desperdiçar algumas. Nós fazemos de cliente pobre, que só pode comprar 5 e, por isso, todas têm que ser boas. E este ano os nossos reforços ainda têm que arcar com a "obrigação" de chegar ver e vencer, pois a sangria a que fomos sujeitos no defeso atirou-os para a titularidade. E grande parte deles são jovens e oriundos de realidades completamente diversas das que agora os rodeiam.
Eu continuo a dizer aquilo que afirmo desde o início de época: na generalidade compramos bem. Falta saber se todas as aquisições serão bem sucedidas. Mas aí entram imponderáveis que estão para lá do “valor facial” dos atletas, como a sorte, a adaptação, etc. A minha dúvida é se contratamos o suficiente. Não vejo um médio-esquerdo de raiz, quando um plantel deverá ter 2 jogadores para cada posição. Não vejo alternativa remota a Liedson se este estiver castigado, lesionado ou
Não consigo adivinhar se a vitória de ontem terá um efeito dissipador, mas não tenho dúvidas que nós, os adeptos, também temos um papel nesta história. Não creio que, perante as fracas exibições, não possamos criticar e tenhamos que nos remeter a um silêncio conformista. Claro que ao criticar devemos fazê-lo fundamentadamente, sem adoptar discursos idênticos ou piores do que fariam os nossos adversários ou inimigos. Não tenho dúvidas que, desempenhando o papel que nos cabe, podemos começar (ou continuar) por receber calorosamente a equipa em Alvalade, com a Naval. Assobios não são admissíveis, pelo menos antes de o jogo terminar.
verdão
Sangue LEONINO
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