Como chegamos aqui
A tão propalada crise em que vive o nosso clube tem levado muita gente, sportinguistas e outros, a dissertar sobre a sua origem e a apontar uns como réus e outro como vitimas. Por isso decidi fazer eu a minha reflexão socorrendo-me de algumas coisas que fui escrevendo desde o início de época. Parece-me que chegamos a este ponto fruto de alguma incompetência, ingenuidade e até algum deslumbramento provocado pelos bons resultados do ano passado (Taça e 2º lugar a Bwin Liga), a que se somaram os habituais imponderáveis do futebol. As decisões, boas e más, foram tomadas por uns e ratificadas por outros, numa cadeia de comando bem definida. Não me parece que de Paulo Bento a FSF, passando por CFreitas e Ribeiro Telles, alguém possa sair sem mácula. Agrada-me no entanto verificar que, neste momento difícil para todos, não tenha havido cisões ou fugas à responsabilidade. Resta esperar que, com frieza e discernimento, as soluções sejam encontradas. Até porque, analisando com frieza, não podemos afirmar que tudo está mal. Momentos como os vividos no jogo com o Leiria demonstram, acima de tudo, que esta é uma crise de confiança.
2- A saída, mais ou menos inevitável, de Caneira não foi devidamente acautelada. Pela sua polivalência e sobretudo pelo seu peso no plantel, foi, provavelmente, a maior perda.
3- Alecsandro, o 2º melhor marcador da equipa mas o 3º em tempo de utilização, foi preterido depois de ter passado o ano de adaptação, normalmente o mais difícil. Aqui, nos pontas-de-lança, temos assistidos a uma degradação de qualidade. Deivid era melhor que Alecsandro e este melhor que Purovic. Quem virá a seguir?
1- Chegada dos jogadores (reforços incluídos) a conta-gotas. PBento chegou a treinar com apenas 14 jogadores. Num plantel com um elevado número de novos jogadores e jovens, pode ter sido um factor decisivo para um começar tão titubeante.
2- Número escasso de jogos de preparação e com um nível de exigência mal adequado aos desafios futuros.
3- Deslumbramento e ou má avaliação do plantel, sobretudo quanto à qualidade, mas também quanto ao número, a somar a vários equívocos. Exemplos:
a. Aposta em contratações de risco. Gladstone, Izmailov eVukcevic não eram jogadores titulares, pese o reconhecimento das suas capacidades.
b. Não há um verdadeiro médio-esquerdo, quando o plantel deveria ter 2.
c. Para que precisamos de Purovic se jogamos sem extremos?
d.
e. Se Carlos Martins, que sempre produziu pouco e de forma inconstante, foi dispensado, porque não aconteceu o mesmo com Paredes, Farnerud, Ronny p.ex.?
f. Formação de um plantel com poucas referências e acéfalo, sem lideres.
1- Má gestão dos recursos disponíveis. Exemplos:
a. Crer em demasia na capacidade de adaptação de jovens oriundos de futebóis tão dispares como o Brasil, Montenegro e Rússia.
b. O famoso recuo de Veloso, em vez da utilização de Gladstone. Perdemos fulgor e organização no centro do terreno e pusemos em causa o valor de um elemento.
c. A constante mutação de posições de Moutinho e a sua sobre-utilização. Por muito que se lhe reconheça qualidades, não é uma máquina e perde-se nestas mudanças.
d. Insistir em Djaló, sem resultados.
e. Inflexibilidade táctica. Este 4X4X2 emperra demasiadas vezes e não se usam outras possibilidades como o 4X2X3X1 ou 4X3X3X3.
f. As birras com Stojkovic.
verdão
Sangue LEONINO
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