Depois do Euro
Onde já vi eu este filme?
Acabou o Euro para nós e, a mim em particular, foi-me devolvida a capacidade de apreciar um bom espectáculo, sem estar aflito com cada bola que sobrevoe a grande área ou com as análises a futuros adversários. Devo dizer que foi assustadora a semelhança entre a selecção neste Euro e a nossa equipa na época transacta, na forma como padeciam nos cruzamentos e bolas paradas.
Areia para os olhos
Como sempre há que eleger alguém em quem malhar e normalmente aponta-se a mira a quem está mais exposto. Devo confessar o meu desapontamento pelo agravar de um problema que há muito se vem manifestando com Ricardo, e que se prende com a forma deficiente como se faz aos lances nos cruzamentos. Deve ser dos poucos guarda-redes cujos punhos ou joelho em frente não constituem qualquer ameaça para os atacantes. Ricardo é hoje a personificação do medo naquela imagem a sair de olhos fechados. O problema dele parece-me que só pode ser resolvido num divã de psicanalista… Mas daí a culpá-lo de tudo o que de mal aconteceu, em especial no jogo que ditou a nossa eliminação, só pode ser conversa para totós. E então os centrais, como podem ficar de fora deste filme de terror?
Insistam, insistam...
As pretensões de Moutinho e Veloso ao Euromilhões ficaram mais próximas das nossas: é mais provável que o obtenham do jogo que anda à roda à sexta-feira do que de uma transferência astronómica antes do inicio da época. Espero no entanto que não esmoreçam e continuem a tentar. Isto é, encerrada a porta do Euro, abre-se a das competições nacionais e sobretudo a da próxima Champions League. Isto porque parece que o que motiva indiscutívelmente os jogadores são os $$$ e não o quixotesco amor à camisola ou a gratidão. Basta estar atento às declarações de ambos. E, por mais que apontem só ao Veloso, convém lembrar que Moutinho é o capitão.
Tentações
Devo ser dos poucos que não estou aflito com a aparente decisão do “processo Caneira”. Porque me parece que ele virá, e porque, caso tal não suceda, isso até possa representar a oportunidade de reforçarmos a defesa com alguém que represente, além de acréscimo de categoria, mais alguns centímetros a uma defesa e equipa “baixinha” para padrões internacionais. E depois, se não vier, não há a tentação de precindir de um verdadeiro lateral-esquerdo.
verdão
Sangue LEONINO
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