Que futuro?

Depois de anunciar que não se recandidataria a um novo mandato á frente do Sporting Clube de Portugal, Soares Franco está prestes a reconsiderar esta sua decisão.
Após vários meses não se consegue vislumbrar nenhuma alternativa credível e pode-se constatar que a chamada “oposição” está espartilhada.
Além de não haver um rosto que congregue todos os descontentes, também não existe nenhum projecto sólido e credível que aponte caminhos e soluções para um futuro melhor.

É deveras frustrante verificar que os eternos críticos desta direcção não são capazes de apresentar um projecto alternativo para governar este clube.
Quando as eternas minorias não conseguem criar uma maioria alternativa, todos percebemos a inevitabilidade deste caminho que se nos afigura.
A pouco mais de um mês das eleições ninguém compreende como ainda não apareceu uma lista alternativa.
Quem está verdadeiramente preocupado e alarmado com a situação actual, não pode fazer depender a sua candidatura do avanço ou recuo de outrem, por mais importante que seja. Quem está convicto da sua razão e quer servir o clube e não servir-se dele não pode adiar eternamente a sua decisão.

Assim chegámos a uma encruzilhada bastante complicada onde teremos de escolher o caminho que queremos trilhar nos próximos anos.
De um lado temos um projecto que deverá ser defendido pelo actual presidente, do outro teremos um candidato sem grandes apoios e sem projecto sustentável.
A continuar este tipo de cenário até ás próximas eleições é notório e expectável que Soares Franco ganhe novamente a presidência do clube.
Se for este o desfecho só me restará desejar um bom mandato a Soares Franco e pedir-lhe encarecidamente que reveja todos os aspectos negativos; foram alguns, da sua governação e que tenha a humildade de “descer” até aos sócios.
À oposição, minorias de bloqueio ou o que se quiser chamar aos contestatários só posso dizer que prestaram um péssimo serviço ao clube porque perderam a oportunidade única de demonstrar que eram uma alternativa real.
Além de bloquearem algumas medidas; obtendo assim algumas vitórias de Pirro, mais não fizeram que fomentar o estado de conflito dentro do clube.

Resta-me desejar que os nossos jogadores saibam conviver com este estado de conflito permanente e pedir-lhes que não se desconcentrem e mantenham o enfoque no objectivo principal. Porque independentemente dos presidentes ou treinadores o desejo ardente de todos os sportinguistas é ganhar, ganhar e ganhar.



Verde CDV