Mentalidades
Nas pequenas coisas se vê a diferença na mentalidade, na organização e no sentido de cidadania.
Quando esta semana se retomar o campeonato português já estarão disputadas quatro jornadas na Alemanha, no pós-desconfinamento.
Enquanto aqui os clubes andaram à cabeçada em lutas de poder, em impugnações e em negociações difíceis com os seus plantéis para baixar ordenados, na Alemanha a maioria dos jogadores da primeira liga foram os primeiros a tomar a iniciativa de cederem parte do seu salário para que as suas entidades patronais pudessem suportar na íntegra os ordenados dos restantes funcionários.
Exemplos? Bayern, Dortmund, Monchengladbach.
Enquanto aqui se pedia a demissão de dirigentes, na Alemanha via-se liga, federação, clubes, autoridades de saúde e governo, a remarem todos para o mesmo lado.
Enquanto aqui debatiam o sexo dos anjos, na Alemanha os quatros clubes presentes na actual edição da Champions - Bayern, Dortmund, Leipzig e Leverkusen - doavam 20 milhões aos restantes.
É por estas e por outras que os emblemas alemães continuam poderosos no futebol mundial, mesmo com a regra de 50+1, a tal que impede os clubes de serem comprados por milionários e investidores estrangeiros, permanecendo património dos seus sócios.
Este exemplo dado pelo futebol espelha também de modo cabal as diferenças em termos de modelo de sociedade entre um país como a Alemanha e um país como o nosso, e fundamenta as razões pelas quais uns lideram a locomotiva europeia a nível político e económico, e outros teimam em viajar na última carruagem.
Por lá olham para a floresta, por aqui teima-se em olhar apenas para a árvore de cada um.
Mentalidades...
Sangue LEONINO
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