Quem diria...

Desde que Bruno Miguel entrou numa espiral de asneiras, num processo de atribulações consecutivas que atiraram o Sporting para um cenário de eleições antecipadas, que muitos alarvemente anunciavam o dilúvio. Wishful thinking nalgumas cabeças mal-intencionadas.

No entanto, para azia de uma franja de sportinguistas - ansiosos por derrotas para poderem erguer a bandeira do sebastianismo bacoco - e dos nossos rivais, Sousa Cintra, secundado pela Comissão de Gestão, soube de forma exemplarmente competente reconstruír o plantel, conter os danos e deixar um caminho mais facilitado para o líder que for eleito em Setembro.

Não me esqueço, logo após o desaire com o Empoli, que sportinguistas mal-intencionados auguravam o fecho de portas, bancadas vazias e uma equipa miserável.

Pois é, não imaginam o gozo e o orgulho que agora sinto ao ver esta equipa ‘miserável’ e estes underdogs chegarem ao fim da terceira jornada com sete pontos, com um empate na luz - onde estivemos a ganhar - e mais um ponto que o campeão nacional, não me esquecendo também dos quarenta mil que estiveram com a equipa no jogo caseiro com o Setúbal.

Reitero: as notícias que viviam na cabeça de algumas mentes atrofiadas sobre a morte do Sporting eram mesmo manifestamente exageradas. 

Grande orgulho senti ontem ao assistir pela TV ao dérbi eterno, numa esplanada algarvia repleta de sportinguistas e benfiquistas, com os primeiros em maioria, a vibrarmos com a vantagem e a não esmorecermos com o golo do empate, numa comunhão do mais puro sportinguismo. 

Recordo a alguns sportinguistas da treta, que hoje fazem questão de bater em José Peseiro, por falta de atrevimento e ambição na Luz, que nas duas últimas épocas, com o mestre da táctica no banco - e num contexto de estabilidade directiva - perdemos (2-1) e empatámos (1-1), portanto metam lá a viola no saco e tomem uma pastilhinha de Kompensan!

Como não gosto de facilidades - e muito menos de arautos da desgraça - talvez tenha sido por isso que este ano renovei ainda com maior convicção e orgulho leonino as gameboxes cá de casa.

É que os verdadeiros leões, os que genuinamente respiram sportinguismo e sentem o emblema de Alvalade, são aqueles que jamais virarão costas ao seu clube e que mais o defendem quando os outros mais batem no Sporting!

Será sempre essa a diferença entre os genuínos sportinguistas e... os outros!

Nuno M Almeida