Dúvidas
Tenho-me abstido de tecer grandes considerações sobre estas movimentações pré-eleitorais e sobre o desfecho que pretendo para a Assembleia Geral a realizar proximamente, porque não quero, por um lado, indiciar apoio a qualquer dos candidatos já declarados, e porque não pretendo incorrer numa pouco avisada precipitação de análise antes de saber se mais contendores avançam e antes de ler aquilo que todos têm a propôr. Por outro lado, creio ainda haver muito tempo até à realização do acto eleitoral, para que possa tomar uma posição mais vincada, sustentada e segura.
No entanto, confesso que todo este processo levado a cabo e gerido por Soares Franco me causa alguma estranheza, pelo simples facto de que recorre a um certo tipo de chantagem sobre os sócios, por forma a levar a cabo o seu tal "projecto". Pensava que apenas se recorria a esse tipo de ultimatos do outro lado da Segunda Circular, sobretudo para "colorir" campanhas de angariação de sócios.
Antes de mais, não creio que seja de bom-tom fazer depender de um plebiscito - por parte dos associados leoninos - favorável à venda de património na próxima Assembleia Geral, a formalização da sua própria candidatura.
Por outro lado, não me parece intelectualmente honesto que comprometa os associados - caso 2/3 destes votem favoravelmente - e sobretudo, que maniete um eventual vencedor das próximas eleições, à forçada venda de património não desportivo, antes da realização desse mesmo acto eleitoral, lavando daí as suas mãos.
Se se votar maioritariamente por essa mesma alienação estar-se-á também, de um modo muito pouco ético, a limitar o espaço de manobra dos demais candidatos no que à construção dos seus manifestos eleitorais concerne e a fazer do próximo presidente do Sporting, caso não seja Soares Franco, um mero executante daquilo que a próxima A.G. deliberar.
Se Soares Franco confia que o seu projecto é aquele que genuinamente melhor serve os interesses do clube, e sobretudo, se não se revê em qualquer das candidaturas já proclamadas, então deve pôr-se a jogo, demonstrar durante a campanha eleitoral que as suas ideias são as mais válidas, e aguardar pelo veredicto dos consócios leoninos nas urnas. Nunca antes!
Sem me pronunciar sobre se acho que o Sporting deve, ou não, alienar o seu património desportivo, e sem formalizar o meu apoio a qualquer dos nomes, incluindo o de Soares Franco, creio que essa mesma venda não pode ser uma panaceia de curto-prazo para os males que indubitavelmente assolam a nossa actual situação económico-financeira.
O actual presidente tem que ser um pouco mais claro, ou até mesmo mais incisivo, sobre como vai aplicar os fundos gerados pela operação que propõe, já que receio que tal apenas sirva para "tapar" buracos e não para alicerçar uma forte política de sustentação da saúde financeira do clube, a médio e longo prazo.
O problema é que não vamos poder perpetuar a venda dos "anéis" até porque chega um dia em que já só nos resta transacionar os dedos...
Por último, não creio que seja recomendável votar o que quer que seja, sem que antes se saiba, de um modo claro, inequívoco e transparente, qual a verdadeira situação económico-financeira do Sporting, pelo que receio que grande parte dos nossos consócios se limite a basear a sua orientação de voto no próximo dia 17, em factores emocionais, ou mesmo no folclórico desfile de apoios que tem sido publicitado na comunicação social.
Em face de todo o exposto confesso que tenho sérias dúvidas sobre este processo até porque não creio que as coisas devam ser feitas deste modo, mas também quem sou eu senão um mero anónimo associado leonino...
Leonino
No entanto, confesso que todo este processo levado a cabo e gerido por Soares Franco me causa alguma estranheza, pelo simples facto de que recorre a um certo tipo de chantagem sobre os sócios, por forma a levar a cabo o seu tal "projecto". Pensava que apenas se recorria a esse tipo de ultimatos do outro lado da Segunda Circular, sobretudo para "colorir" campanhas de angariação de sócios.
Antes de mais, não creio que seja de bom-tom fazer depender de um plebiscito - por parte dos associados leoninos - favorável à venda de património na próxima Assembleia Geral, a formalização da sua própria candidatura.
Por outro lado, não me parece intelectualmente honesto que comprometa os associados - caso 2/3 destes votem favoravelmente - e sobretudo, que maniete um eventual vencedor das próximas eleições, à forçada venda de património não desportivo, antes da realização desse mesmo acto eleitoral, lavando daí as suas mãos.
Se se votar maioritariamente por essa mesma alienação estar-se-á também, de um modo muito pouco ético, a limitar o espaço de manobra dos demais candidatos no que à construção dos seus manifestos eleitorais concerne e a fazer do próximo presidente do Sporting, caso não seja Soares Franco, um mero executante daquilo que a próxima A.G. deliberar.
Se Soares Franco confia que o seu projecto é aquele que genuinamente melhor serve os interesses do clube, e sobretudo, se não se revê em qualquer das candidaturas já proclamadas, então deve pôr-se a jogo, demonstrar durante a campanha eleitoral que as suas ideias são as mais válidas, e aguardar pelo veredicto dos consócios leoninos nas urnas. Nunca antes!
Sem me pronunciar sobre se acho que o Sporting deve, ou não, alienar o seu património desportivo, e sem formalizar o meu apoio a qualquer dos nomes, incluindo o de Soares Franco, creio que essa mesma venda não pode ser uma panaceia de curto-prazo para os males que indubitavelmente assolam a nossa actual situação económico-financeira.
O actual presidente tem que ser um pouco mais claro, ou até mesmo mais incisivo, sobre como vai aplicar os fundos gerados pela operação que propõe, já que receio que tal apenas sirva para "tapar" buracos e não para alicerçar uma forte política de sustentação da saúde financeira do clube, a médio e longo prazo.
O problema é que não vamos poder perpetuar a venda dos "anéis" até porque chega um dia em que já só nos resta transacionar os dedos...
Por último, não creio que seja recomendável votar o que quer que seja, sem que antes se saiba, de um modo claro, inequívoco e transparente, qual a verdadeira situação económico-financeira do Sporting, pelo que receio que grande parte dos nossos consócios se limite a basear a sua orientação de voto no próximo dia 17, em factores emocionais, ou mesmo no folclórico desfile de apoios que tem sido publicitado na comunicação social.
Em face de todo o exposto confesso que tenho sérias dúvidas sobre este processo até porque não creio que as coisas devam ser feitas deste modo, mas também quem sou eu senão um mero anónimo associado leonino...
Leonino
Sangue LEONINO
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