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Sangue LEONINO

terça-feira, março 25, 2008

O Sporting em Versus*

SCP versus SCP, versus SLB
Sou e serei sempre adepto do Sporting Clube de Portugal. Não creio que seja bom para o clube que se forme um Sporting Clube do Paulo, que desresponsabiliza de forma cega o nosso técnico de tudo e de mais alguma coisa, deixando-o só com o mérito de ter conseguido interromper parcialmente um ciclo de jejum. Se foi dele então o engenho, o demérito agora é atirado para cima de outros? De quem é, em primeira instância, a responsabilidade de tão fracas exibições e resultados, senão dos jogadores e de quem os dirige? O que também não posso aceitar sem indignação é a formação de uma facção Sporting Livre de Bento (SLB), como se PB tivesse que ser mais um Cristo a expiar os pecados de todos e, sobretudo, que não seja tratado com o respeito que nos merece como bom profissional e homem íntegro que é. Enquanto estiver connosco é um dos nossos e deve ser tratado como tal. Agora não contem comigo para abanar a cabeça a tudo o que faz. Prefiro que me acusem de mudar de opinião. Não contem comigo para isentar PB das responsabilidades que tem, por acção ou omissão, na definição do plantel, da gestão dos recursos à sua disposição, das opções que toma. Não façam por PB o que nem PB faz por ele, que é fugir às responsabilidades.

Resignação versus Inconformismo
Parece-me a mim que é resignarmo-nos a um destino pequenino aceitar, sem reclamar, que esta equipa não seja capaz de produzir mais do que se tem visto, que esteja a 20 pontos do 1º classificado, que esteja abaixo dos Vitórias no lugar e nas exibições, que possa disputar uma final sem uma centelha de ambição, sem um remate digno desse nome. Em abstrato não é desonroso perder uma final por penlatys, no caso concreto da final de sábado a falta de classe e atitude merece a minha indignação. A pior das derrotas é não fazer nada para ganhar, é conformarmo-nos. Foi uma postura resignada com a fatalidade de não ganhar que vimos estampada no rosto de PB, nas suas declarações e na atitude da equipa. Infelizmente, a nós adeptos, pouco mais nos resta senão esperar que seja no seio da equipa, dos técnicos e dos dirigentes que renasça o espírito de querer vencer, contagiando-os com o nosso inconformismo e sendo exigentes.

Agonia versus Esperança
É difícil a um adepto sportinguista projectar o final de época. Perdemos a Taça da Liga de uma forma que foi mais sentida como uma capitulação do que uma simples derrota. Dos objectivos que ainda poderíamos almejar este seria o que se afigurava mais próximo. Só não digo mais fácil porque nada é fácil em futebol. Um objectivo que distava de nós apenas a 90 minutos, com um adversário perfeitamente acessível. Difícil, mas acessível. Por isso é torna-se difícil ter esperança que este final de época não seja uma inexorável agonia. Porque o quadro instalado é de mau presságio, porque as tarefas seguintes são de maior exigência e porque a época já vai longa e as feridas e o cansaço são muitos. É apenas a minha condição de sportinguista que me obriga a acreditar, a acreditar sempre, como escrevi aqui no 1º dia do ano, contra todas as circunstâncias e até contra todos os princípios racionais. Porque o Sporting é uma paixão, uma enorme, profunda e irracional paixão.

Situacionismo versus Oportunismo
É notória de há muito uma fractura exposta no nosso clube, desde as últimas eleições. Há uma facção que nunca se conformou com o resultado mais ou menos esmagador e que tende a aumentar sempre que os resultados são adversos. É de crer que esta época o número dos que pedem a cabeça desta direcção tenha aumentado, dado os fracos resultados e exibições. Mas há algo que descredibiliza estes sportinguistas, tão bons sportinguistas como eu: acusam os outros de situacionistas, só falam depois das derrotas, nunca vêem nada de positivo, nunca apontam outro caminho que não seja indicar culpados e decepar cabeças, achando-se sempre mais sportinguistas do que os demais, como se lhes devessemos as vitórias já alcançadas e as facturas das derrotas são para outros saldarem.

*Versus: do latim Contra; em face de.

Verdão

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