Pontas soltos
Se a formação generalizada de jogadores pode ser considerada uma bandeira do nosso clube, a particularidade de esse processo produzir extremos de elevada qualidade e em quantidade igualmente assinalável, tem servido para tornar o nome do nosso clube conhecido em todo mundo. Infelizmente parece que também ficar cada vez mais associada à imagem do clube a incapacidade de reverter em proveito próprio o talento que brota da nossa Academia nesta posição em particular.
Sabemos que todos os escalões de formação usam o 4x3x3, mesmo que em momentos possa ser o 4x2x3x1, mas sempre com os extremos. Sabemos que Paulo Bento prefere o 4x4x2 em losango e que agora irá treinar um 4x4x2 mais clássico, segundo o próprio.
Uma das justificações dadas pelo nosso técnico é que “Liedson não sabe jogar sozinho” ou não rende tanto, (em 4x3x3 portanto). Ora sabemos que Liedson está lesionado e sabemos que a eternidade está para ele como para o amor: será eterno enquanto durar. E diz-nos a prudência que fazer depender o sucesso na preponderância de apenas um elemento é uma forma de nos auto-limitarmos.
Os extremos (ou pontas, como se dizia antes) não têm futuro no nosso clube. E por isso não seria de surpreender que, findo o processo de formação, comecem a debandar para lugares onde os seus préstimos sejam melhor apreciados. Não será de surprender também que o clube cada vez sinta mais dificuldade em renovar com os melhores.
Por tudo isto pergunto eu: até quando continuaremos a desperdiçar o talento que nos tem caído do céu (mais o metódico trabalho de muitos…)?
verdão
Sangue LEONINO
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