A benção de "São Cantinho ao Caír do Pano"...
Há bastante tempo aqui escrevo que para mim o ciclo de Paulo Bento no Sporting está esgotado.
Apoiei José Eduardo Bettencourt, mantenho a opinião de que foi uma excelente escolha para a presidência do nosso clube, mas creio que cometeu um erro ao prolongar o contrato com o actual técnico.
Pode-se argumentar que a procissão ainda vai no adro, que a época está a arrancar e que estou a ser precipitado na minha avaliação, mas a verdade é que Bento vai na quinta temporada enquanto timoneiro, tendo sido curiosamente na sua época de estreia – quando herdou o plantel de José Peseiro - que vi os seus comandados praticarem o melhor futebol.
Coincidência? Não creio.
Por muito que digamos que é um treinador ainda em ascensão, e em pleno processo de formação, a verdade é que a sua teimosia e limitação são por demais evidentes: insiste há vários anos no mesmo esquema táctico, formata as equipas sempre da mesma forma, não tem arte nem engenho para incutir nos jogadores a garra e o brio que se impõem a quem veste a nossa camisola, e faz algo que considero perfeitamente desastrado: manda recados para o balneário – e puxa orelhas – através da comunicação social!
Por outro lado, usa e abusa da ladaínha já estafada de que antes dele era o deserto, quando sabe tão bem como qualquer um de nós, que alguns dos seus segundos lugares se deveram mais à inépcia benfiquista do que a mérito nosso.
Um clube vive dos sócios e da paixão que estes dedicam às suas cores favoritas, e por isso Bettencourt tem-se – e bem - esforçado em atenuar o distanciamento que Soares Franco de modo tão inepto criou entre quem dirige o clube e quem o adora assumindo assim que os sócios são o pilar mais precioso da instituição, fazendo com que o snobismo da era franquista seja cada vez mais 'Passado'!
No entanto, por muitas campanhas de charme visando a angariação de novos associados que o clube e o seu presidente façam, temperadas com sessões semanais de apresentação de novos sócios, se a equipa de futebol sénior persistir em exibições cinzentas, tristonhas e taciturnas, não haverá sócio ou adepto motivado a ir a estádio e a intensificar a sua devoção pelo verde e branco. Futebol é paixão, emoção, espectáculo, o resto é conversa.
Como sinceramente já não acredito que Paulo Bento – que até considero ser um tipo sério, íntegro e credível – evolua e que consiga ainda ir a tempo da mobilização de plantel e adeptos, e como não creio que o “São Golo No Último Minuto Resultante De Canto” nos vá abençoar a cada jogo, conseguindo assim quase apagar da memória colectiva leonina exibições incompetentes, apesar de tudo – e porque amo o meu clube - faço sinceros votos que esta época se leve sem grandes sobressaltos e que no final da mesma – qualquer que seja o balanço desportivo - Bento não coloque Bettencourt numa posição complicada, entricheirado entre a massa adepta e a defesa (indefensável e contraproducente) do treinador.
Dias da Cunha cometeu esse erro ao colar-se a Peseiro, deu o corpo às balas vindas da massa associativa... tendo os dois acabado por saír pela porta pequena.
Como acredito em Bettencourt e nas suas qualidades de liderança, e porque estou fortemente convicto que vai devolver a grandeza ao nosso Sporting, espero que esse desfecho não se repita e que Paulo Bento consiga ter a devida clarividência para abandonar o clube no momento certo, já que é por demais evidente - no que ao futebol e a concepções técnico-tácticas respeita - que a tecla em que vai bater será sempre a mesma.
Mas como na vida a esperança é a última coisa a morrer, talvez Bento ainda me prove que estou redondamente enganado, mudando as suas opções tácticas, ganhando defintivamente o balneário e fazendo toda uma massa associativa render-se à sua qualidade. Para dissipar dúvidas, devo ainda esclarecer que não gosto de chicotadas psicológicas, pelo que o actual técnico deve terminar a época que preparou e que oficialmente já iniciou. Que isso fique bem claro!
Leonino
Apoiei José Eduardo Bettencourt, mantenho a opinião de que foi uma excelente escolha para a presidência do nosso clube, mas creio que cometeu um erro ao prolongar o contrato com o actual técnico.
Pode-se argumentar que a procissão ainda vai no adro, que a época está a arrancar e que estou a ser precipitado na minha avaliação, mas a verdade é que Bento vai na quinta temporada enquanto timoneiro, tendo sido curiosamente na sua época de estreia – quando herdou o plantel de José Peseiro - que vi os seus comandados praticarem o melhor futebol.
Coincidência? Não creio.
Por muito que digamos que é um treinador ainda em ascensão, e em pleno processo de formação, a verdade é que a sua teimosia e limitação são por demais evidentes: insiste há vários anos no mesmo esquema táctico, formata as equipas sempre da mesma forma, não tem arte nem engenho para incutir nos jogadores a garra e o brio que se impõem a quem veste a nossa camisola, e faz algo que considero perfeitamente desastrado: manda recados para o balneário – e puxa orelhas – através da comunicação social!
Por outro lado, usa e abusa da ladaínha já estafada de que antes dele era o deserto, quando sabe tão bem como qualquer um de nós, que alguns dos seus segundos lugares se deveram mais à inépcia benfiquista do que a mérito nosso.
Um clube vive dos sócios e da paixão que estes dedicam às suas cores favoritas, e por isso Bettencourt tem-se – e bem - esforçado em atenuar o distanciamento que Soares Franco de modo tão inepto criou entre quem dirige o clube e quem o adora assumindo assim que os sócios são o pilar mais precioso da instituição, fazendo com que o snobismo da era franquista seja cada vez mais 'Passado'!
No entanto, por muitas campanhas de charme visando a angariação de novos associados que o clube e o seu presidente façam, temperadas com sessões semanais de apresentação de novos sócios, se a equipa de futebol sénior persistir em exibições cinzentas, tristonhas e taciturnas, não haverá sócio ou adepto motivado a ir a estádio e a intensificar a sua devoção pelo verde e branco. Futebol é paixão, emoção, espectáculo, o resto é conversa.
Como sinceramente já não acredito que Paulo Bento – que até considero ser um tipo sério, íntegro e credível – evolua e que consiga ainda ir a tempo da mobilização de plantel e adeptos, e como não creio que o “São Golo No Último Minuto Resultante De Canto” nos vá abençoar a cada jogo, conseguindo assim quase apagar da memória colectiva leonina exibições incompetentes, apesar de tudo – e porque amo o meu clube - faço sinceros votos que esta época se leve sem grandes sobressaltos e que no final da mesma – qualquer que seja o balanço desportivo - Bento não coloque Bettencourt numa posição complicada, entricheirado entre a massa adepta e a defesa (indefensável e contraproducente) do treinador.
Dias da Cunha cometeu esse erro ao colar-se a Peseiro, deu o corpo às balas vindas da massa associativa... tendo os dois acabado por saír pela porta pequena.
Como acredito em Bettencourt e nas suas qualidades de liderança, e porque estou fortemente convicto que vai devolver a grandeza ao nosso Sporting, espero que esse desfecho não se repita e que Paulo Bento consiga ter a devida clarividência para abandonar o clube no momento certo, já que é por demais evidente - no que ao futebol e a concepções técnico-tácticas respeita - que a tecla em que vai bater será sempre a mesma.
Mas como na vida a esperança é a última coisa a morrer, talvez Bento ainda me prove que estou redondamente enganado, mudando as suas opções tácticas, ganhando defintivamente o balneário e fazendo toda uma massa associativa render-se à sua qualidade. Para dissipar dúvidas, devo ainda esclarecer que não gosto de chicotadas psicológicas, pelo que o actual técnico deve terminar a época que preparou e que oficialmente já iniciou. Que isso fique bem claro!
Leonino
Sangue LEONINO
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