A Encruzilhada

E eis que o nosso Clube, depois de ultrapassar, ou amenizar, uma grande crise na sua história, caiu numa encruzilhada.

Passamos recentemente por uma autêntica tempestade de subida ciclópica do Passivo, duma queda de militância e amor próprio ( e logo das Receitas) e que culminou numa delapidação do nosso Património. Estávamos a cair a pique. Inexoravelmente, era o que parecia....

Mas os Sportinguistas acordaram, foram buscar ao fundo das entranhas forças incomensuráveis, e souberam escolher um Projeto salvador.

Ora este mesmo Projeto começou e continuou num ritmo frenético. Se por um lado estancou a sangria financeira, se por outro lado galvanizou as massas (veja-se a festa de cada jogo, ou o número crescente de sócios), se por outro lado ainda trouxe esperança desportiva, por outro lado também criou muitos inimigos. De facto criamos muitos inimigos.

À cabeça estão os "Fundos" com os respetivos Agentes e Empresários ou Comissionistas; e quem mais se possa esconder por detrás.

Depois quisemos alterar o Futebol. E tentámos moralizar o dito. Moralizar? Ora isto é o que menos interessa aos instalados- os nossos rivais. Chegamos a fazer queixa deles, na Liga, em vez de "assobiar para o lado". E para terminar, "last but not least", empreendemos uma Auditoria interna de Gestão. Uma Auditoria para saber como chegamos aonde chegamos!!!

Esta é a parte mais perigosa. Trata-se dum mau exemplo! E se de repente outras Instituições fizessem e mesmo? E se fosse feita uma destas Auditorias a Portugal?!!! Trata-se de facto dum assunto muito perigoso. As pessoas devem estar sempre convencidas que se ficamos na penúria foi porque "correu mal"; porque todos deram o melhor, mas houve azar....

Em resumo, mexemos em muitas coisas ao mesmo tempo.

E um dia fomos jogar a Guimarães: fomos goleados e quase não tivemos uma oportunidade de golo. Mais uma vez devíamos ter assobiado para o lado (ou dizer apenas que "temos que levantar a cabeça").  Mas não, desta vez não. E foi então que o Presidente do Conselho Diretivo, fez uma Crítica (no caso também uma autocrítica). Colocou o dedo na ferida.

À falta de melhores notícias, alguém, dias depois, interpretou (especulou) sobre o assunto e muitos mais (jornalistas e marionetas(?) com carteira de jornalistas) julgaram ter encontrado uma brecha para entrar no Sporting. Todos os inimigos do Sporting pensaram ter encontrado vento de feição e vá de soprar para ganhar mais balanço. Pelo meio utilizaram (estão a utilizar) o treinador da equipa qual "Cavalo de Troia". Este, aturdido, assustado, inseguro, consegue deixar-se manipular, na ideia de que pode alcançar assim mais notoriedade!!!

Nestes casos qualquer Homem vertical, sentindo que já não tem o apoio das Hierarquias, já teria posto o lugar à disposição, ganhando assim balanço para poder entrar airosamente noutros Clubes e noutros Projetos, pois seria da mesma forma (airosa) que sairia do nosso Sporting.

 

E que fazer agora? Nestes casos não pode haver hesitação. Quem está mandatado pelos sócios para Dirigir e Governar o Clube (e a SAD), não pode tergiversar. Quem tem o Poder deve exercê-lo de imediato. Não pode haver tibieza. Já perdemos muito tempo.

 

Entretanto temos de ganhar os jogos do fim de semana, como deve ser todas as semanas.

SL,

Gabriel Almeida