O ministro da propaganda

Nestes últimos cinco anos inventaram-se no Sporting algumas figurinhas para propagandearem ao limite a ideologia produzida por Bruno Miguel e pelos seus mais próximos. Nuno Saraiva foi a face mais visível.

Mas importa não esquecer e sobretudo importa relevar quem acabou por estar sempre na sombra a puxar os cordelinhos: José Quintela.

Este é o rosto da pior e, no final, mais desastrada máquina de propaganda alguma vez montada e orquestrada em Alvalade. Verdadeiros exércitos de avençados nas redes sociais, na blogosfera e nos espaços de comentários de jornais diários, com o único propósito de sublimar os feitos e as intervenções do Grande Líder. Muito ao estilo de Carnide e de João Gabriel.

Tal como havia acontecido com Joseph Goebbels, ministro de Adolf Hitler, naquela que foi a primeira máquina de propaganda verdadeiramente poderosa que o universo conheceu, estes parecem ter sido os princípios basilares professados e seguidos pelos cérebros da propaganda do regime até há pouco vigente em Alvalade:

1.- Princípio da Simplificação e do inimigo único.

2.-Princípio do Contágio.

3.-Princípio da Transposição de todos os males a um único inimigo.

4.-Princípio da Exageração e desfiguração das más notícias.

5.-Princípio da Vulgarização, transformando todas as ações alheias em manobras de má índole e vulgarização.

6.-Princípio da Orquestração, empolando boatos.

7.-Princípio da Renovação, bombardeando com más notícias o inimigo.

8.-Princípio do Verosímil, tranformando a informação através de diversas interpretações de especialistas, mas todas contra o inimigo.

9.-Princípio do Silêncio, ocultando toda a informação que não seja conveniente.

10.-Princípio da Transferência, potenciando um facto presente com um facto passado.

11.-Princípio de Unanimidade, buscando convergência em assuntos de interesse geral.

Eles foram os sportingados, os maus sportinguistas, os aziados, tudo serviu para queimar em lume brando vários adeptos leoninos que ousaram ter algum sentido crítico face à unanimidade em redor da ideologia brunista. E sobretudo, procurou-se colar os mesmos à pior face do (c)roquettismo.

No que concerne ao combate ao rival que há vários anos comanda nos bastidores o futebol português, o maior protagonismo foi infelizmente deixado para o FC Porto e para o seu director de comunicação.

Quintela alegadamente optou por aconselhar Carvalho a virar baterias prioritariamente contra a oposição interna. Só que paradoxalmente acabou por ser isso a aniquilar a sua presidência, nomeadamente quando virou alvo contra jogadores.

As voltas que a vida dá...

Nuno M Almeida