3 Liedsons por mês a voar...

A queda do executivo da CM de Lisboa não apanhou ninguém de surpresa, porque não se tratou de uma queda propriamente dita, mas sim do último suspiro de um elefante agonizante. Mesmo entendendo que aqui não é o lugar adequado para fazer o julgamento político, não deixo de considerar que todos saem chamuscados deste processo, quer olhemos para a liderança (qual liderança?) que agora finda, quer olhemos para a oposição.

Para terminar o regabofe irresponsável, que a história assinalará de certeza como um dos períodos mais negros da capital, a actual gestão - com a oposição a não querer ficar atrás na irresponsabilidade instalada - acaba deitando o lixo para baixo do tapete, para quem vier a seguir que limpe. Refiro-me concretamente ao facto de não resolverem definitivamente o problema com os terrenos vendidos à MDC. Recordo que esta questão já se arrasta desde 1982. A não-decisão vai custar ao nosso clube o equivalente ao ordenado de 3 jogadores como o Liedson, ou 3 vezes o que Nani e Moutinho querem passar a auferir. Se a Câmara se permite tratar assim uma entidade que ao longo dos últimos 100 anos tem coberto de glória o nome do município, imaginem como tratam os munícipes anónimos.

Neste processo chamo a atenção para a atitude distinta de 2 sportinguistas: Anacoreta Correia, que até escreve no jornal do clube, votou impávido e sereno, contra a votação da resolução proposta pela Câmara, na qualidade de vereador CDS/PP. Agostinho Abade, presidente do Conselho Fiscal do nosso clube, disse ontem que iria meditar sobre a sua filiação partidária, ele que é um conhecido militante socialista. Assim se vê quem sportinguista acima de tudo.

Verdão