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Sangue LEONINO

domingo, julho 13, 2008

Capitão sem braçadeira

























Existem jogadores que têm um carisma próprio e que não necessitam de se impor aos colegas, porque a sua liderança é natural. Estou a falar do regressado Marco Caneira, ele consta nesta espécie de jogadores raros que nascem lideres.
Caneira foi formado na melhor escola de Portugal, onde aprendeu os valores futebolísticos, mas mais importante que isso aprendeu os valores humanos e morais.
Dentro de campo lidera não só sector defensivo, ajudando os colegas e incentivando-os, como lidera toda a equipa durante os noventa minutos.
É um jogador que não se destaca pela sua exuberância ou atitudes espalhafatosas, tenta ser sobretudo eficaz e discreto, dentro de um estilo sempre correcto e leal.
Tinha todas as condições para ser o capitão do Sporting. Há duas épocas só não foi o eleito porque era um jogador emprestado.
Esta época poderá ser um dos escolhidos para envergar a braçadeira de capitão. Seria de elementar justiça que fosse um dos escolhidos.

A função de capitão numa equipa como o Sporting acarreta muitas responsabilidades e tem de ser desempenhada com o máximo de respeito e humildade. Normalmente é atribuída a um jogador formado no clube, com alguns anos de primeira equipa, que seja visto como um líder e como um exemplo a seguir dentro e fora do campo. Que consiga estabelecer a ponte entre treinador e jogadores; um verdadeiro líder de balneário e que aos mesmo tempo possa ser uma extensão do treinador no campo.
No fundo que seja respeitado e admirado por colegas, adversários e demais agentes do futebol.

No que toca aos predicados que acabei de enunciar é bastante obvio que todos eles podem ser encontrados no actual capitão.
Não é vulgar encontrar um jovem tão maduro e responsável que se consiga impor perante colegas e adversários mais velhos.
João Moutinho é um predestinado e cedo se percebeu que era um jogador acima da média, não só no capítulo futebolístico, mas sobretudo no humano. Não tem a experiência dos anos como Caneira, mas compensa com a sua extrema dedicação e humildade.

Nas grandes equipas normalmente existe sempre um grande líder, com certeza que esta época se verá a emergência desse líder dentro do campo.
Sendo que a braçadeira de capitão acarreta um outro estatuto existem os tais capitães sem braçadeira que se impõem naturalmente.
Neste Sporting não vejo porque não podem coexistir dois jogadores que se entreajudem na tarefa de comando da equipa. Um com braçadeira e outro sem ela.
Um pode emprestar a sua experiência e liderança natural enquanto outro pode ajudar com a sua humildade e empenho inexcedíveis.



Verde CDV
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