AG Sporting 13 de Outubro

Confesso que aspectos legais, burocracias, bem como engenharias financeiras não são propriamente o meu forte. Nunca o escondi e não será certamente agora que vou procurar demonstrar sapiência nestas matérias.

Estamos a um dia de uma assembleia-geral onde seremos chamados para tomar uma decisão extremamente importante para o clube razão pela qual me sinto forçado a procurar informações para tentar esclarecer algumas dúvidas.

Na minha busca por esclarecimentos, deparei-me com este artigo no Fórum SCP (http://www.forumscp.com/index.php?topic=18627.msg687017#msg687017) no qual retive a ideia de que o Sporting actualmente conta com uma minoria de votos em termos deliberativos nas Assembleias Gerais. Tudo isto num cenário em que 68% do Capital Social da SAD está na posse (directa ou indirecta) do clube mas cujos contornos legais (especialmente os estatutos da SAD) reduzem para perto de 25% em votos efectivos contra 32% de capital disperso.

Esta situação verifica-se devido à limitação definida no artigo 13º dos estatutos da SAD que diz que os votos em acções do Tipo B são limitados a 10%. Então se o Sporting tem 16% de acções do tipo A - número que se encontra num qualquer relatório discutido e aprovado em assembleia-geral do clube – somando as limitações dos votos em acções tipo B, o número “mágico” revela-se.

Todo este cenário, numa situação em que o Sporting tem quase 70% do capital da SAD. Pergunto eu, então e quando ficarmos com apenas 50+1 como o actual plano prevê?

Admito que possa estar a fazer alguma análise incorrecta, no entanto, é isto que os meus olhos percepcionam. Julgo que a culpa não é minha por não conseguir perceber pois no fundo nem sou especialista nem sou leigo. Julgo que a culpa é de quem não nos explica e atira algumas expressões para cima da mesa e para o debate e que nós procuramos acreditar, mais que não seja para conseguirmos ter algum controlo emocional.

Estou confuso assim como muitos outros sportinguistas, mas mesmo assim continuam a não explicar-nos. Se calhar será amanhã, onde numa série de horas esperam que alguém que não domina as matérias decida sobre algo que se calhar devia ter sido esclarecido ao longo dos últimos meses.

SL

Miguel Damas