3 décadas de domínio azul
Quem chegasse a Portugal há 6 meses e nada soubesse sobre o futebol português, ao ler as capas de jornais, as notícias de televisão ou as conversas de café desde essa data até hoje, diria que a grande luta do futebol em Portugal se resume a Sporting e Benfica.
Mas quem viveu os últimos 30 anos desse mesmo futebol luso, sabe bem que quem o dominou foi o Porto, muitas vezes com recurso a meios ilícitos, colocando de lado a verdade desportiva e emergindo nestas três décadas a figura do seu presidente, Pinto da Costa.
O Sporting esteve sempre na mira do Porto, fazendo-se os portistas valer sobretudo da sua maior capacidade financeira para nos roubar jogadores como Eurico, Inácio, Futre ou Moutinho, mas também para nos isolar ou para criar alianças artificiais sempre que era do seu interesse, nunca se colocando sozinho contra os dois rivais de Lisboa.
Fora das quatro linhas sempre foi visível o seu domínio sobre a arbitragem.
Todos tivemos acesso às escutas do Apito Dourado e ficámos a perceber como se movia o polvo.
As ofertas de viagens, prostitutas (café ou chocolate) e outros meios serviam para reunir a sua armada de ajudantes do apito, onde pontificavam os irmãos Calheiros, Soares Dias, Martim dos Santos, José Guímaro, Olegário Benquerença, Augusto Duarte, Isidoro Duarte, José Leirós, etc.
Do nosso lado, iam-se sucedendo os dirigentes leoninos, uns ingénuos, outros simplesmente incompetentes, todos tendo em comum a sua falta de capacidade para lidar com um adversário que não se cingia a tentar ser melhor dentro das quatro linhas.
Sousa Cintra e Dias da Cunha ainda tentaram motivar as massas, mas pouco conseguiram.
Se dentro no rectângulo de jogo começámos a ficar para trás constantemente, fora deste acumulámos erros de gestão que conduziram o clube até ao precipício, deixando os títulos para uma luta quase a dois.
E foi mesmo este o principal problema do Sporting ao longo de 31 épocas (1982 a 2013), a falta de um dirigente à altura para nos defender.
Ver hoje Bruno de Carvalho a provocar o status quo instituído deve ser motivo de orgulho para os sportinguistas, um orgulho que há muito se perdeu no tempo, mais concretamente com João Rocha, o último dos grandes presidentes.
Estes 31 anos de Pinto da Costa à frente do clube são bem visíveis na mancha azul da tabela ao lado e só a espaços foram colocados em causa, momentos muito curtos como as três décadas do virar do século ou...o actual momento, em que os portistas seguem numa seca nada habitual de conquistas.
O jogo deste Sábado pode significar um primeiro grande passo para os afastar mais uma vez do título e contribuir para o colocar em causa da hegemonia portista.
Vencer hoje é, mais que nunca, essencial para o ruir do império portista de 3 décadas.
Sente-se que é este o momento.
Alvalade cheio e apoiar do primeiro ao último minuto será essencial para este combate ser ganho.
Vamos ajudá-los (aos portistas) a esquecerem-se de como se ganham campeonatos!
SL
José
Mas quem viveu os últimos 30 anos desse mesmo futebol luso, sabe bem que quem o dominou foi o Porto, muitas vezes com recurso a meios ilícitos, colocando de lado a verdade desportiva e emergindo nestas três décadas a figura do seu presidente, Pinto da Costa.
O Sporting esteve sempre na mira do Porto, fazendo-se os portistas valer sobretudo da sua maior capacidade financeira para nos roubar jogadores como Eurico, Inácio, Futre ou Moutinho, mas também para nos isolar ou para criar alianças artificiais sempre que era do seu interesse, nunca se colocando sozinho contra os dois rivais de Lisboa.
Fora das quatro linhas sempre foi visível o seu domínio sobre a arbitragem.
Todos tivemos acesso às escutas do Apito Dourado e ficámos a perceber como se movia o polvo.
As ofertas de viagens, prostitutas (café ou chocolate) e outros meios serviam para reunir a sua armada de ajudantes do apito, onde pontificavam os irmãos Calheiros, Soares Dias, Martim dos Santos, José Guímaro, Olegário Benquerença, Augusto Duarte, Isidoro Duarte, José Leirós, etc.
Do nosso lado, iam-se sucedendo os dirigentes leoninos, uns ingénuos, outros simplesmente incompetentes, todos tendo em comum a sua falta de capacidade para lidar com um adversário que não se cingia a tentar ser melhor dentro das quatro linhas.
Sousa Cintra e Dias da Cunha ainda tentaram motivar as massas, mas pouco conseguiram.
Se dentro no rectângulo de jogo começámos a ficar para trás constantemente, fora deste acumulámos erros de gestão que conduziram o clube até ao precipício, deixando os títulos para uma luta quase a dois.
E foi mesmo este o principal problema do Sporting ao longo de 31 épocas (1982 a 2013), a falta de um dirigente à altura para nos defender.
Ver hoje Bruno de Carvalho a provocar o status quo instituído deve ser motivo de orgulho para os sportinguistas, um orgulho que há muito se perdeu no tempo, mais concretamente com João Rocha, o último dos grandes presidentes.
Estes 31 anos de Pinto da Costa à frente do clube são bem visíveis na mancha azul da tabela ao lado e só a espaços foram colocados em causa, momentos muito curtos como as três décadas do virar do século ou...o actual momento, em que os portistas seguem numa seca nada habitual de conquistas.
O jogo deste Sábado pode significar um primeiro grande passo para os afastar mais uma vez do título e contribuir para o colocar em causa da hegemonia portista.
Vencer hoje é, mais que nunca, essencial para o ruir do império portista de 3 décadas.
Sente-se que é este o momento.
Alvalade cheio e apoiar do primeiro ao último minuto será essencial para este combate ser ganho.
Vamos ajudá-los (aos portistas) a esquecerem-se de como se ganham campeonatos!
SL
José
Sangue LEONINO
4 comentários:
At 2/1/16 06:55, Jasil said…
Os meus sinceros parabéns pela clarividência demonstrada e pela síntese do historial do n/ futebol nos últimos trinta anos. A narração destes factos demonstram o lamaçal em que tem vivido o n/ futebol com a complacência dos n/ governantes e de todos os intervenientes no desporto (futebol), nomeadamente, árbitros (essencialmente), dirigentes, jogadores e público em geral. Todos foram coniventes e cúmplices com este passado recente que nos enoja e envergonha. Baniu-se a ética, os princípios foram desvirtuados, a honra secundarizada. Com tudo isto, o SCP foi o clube mais prejudicado, marginalizado, ostracizado e relegado para papel secundário. Por pouco não foi à insolvência. A inépcia dos seus dirigentes, a incompetência de outros e a submissão de alguns contribuiu para este estado cinzento e calamitoso que envergonha qq cidadão de bem.
Portanto, é a altura ideal para, estarmos em comunhão com esta direção, com este Presidente que tem procurado que o n/ clube saia definitivamente do jugo a que tem estado sujeito. É a altura ideal, com a visita dos corruptos do norte para nos impormos, dentro do campo, claro, através de uma vitória.
De resto, congratulo-me totalmente com o texto supra, revejo nele todos os ideais que me norteiam em termos da defesa do futebol e em prol dos superiores interesses do n/ SCP.
Assim, José, permita-me, que um seu homónimo, lhe expresse a minha sincera satisfação pela lucidez, coragem, e realismo dos factos narrados. Votos de vitória no jogo de logo, desejo ardentemente uma vitória convincente, uma vez que ela pode representar o início do fim da hegemonia da corrupção e do compadrio que tem grassado e que os n/ vizinhos e rivais têm procurado cimentar nos últimos anos .
SL
At 2/1/16 12:51, Sporting até Morrer said…
Obrigado amigo Jasil.
Grande abraço.
At 2/1/16 18:51, Anónimo said…
Bom texto!!
At 2/1/16 18:52, Anónimo said…
O nervosismo já fervilha. De saída para Alvalade!
Enviar um comentário
Sangue LEONINO
<< Home