Varrer o lixo para baixo do tapete
Passei as últimas horas a actualizar-me, depois de ir a banhos e descanso. De maior relevância ficam as declarações de FSF e PB, a declararem como encerrado o caso João Moutinho. (Ou será “João Mortinho por se por a mexer”?).
Compreendo ambas as declarações, enquadrando-as no espírito de devolver a tranquilidade necessária para a abordagem da época que se inicia no próximo domingo.
Acontece que não está nas mãos de nenhum deles a “chave” para que tal encerramento seja uma realidade. Quem abriu a contenda foram o Everton e JM ao se declararem mutuamente interessados em estabelecer uma ligação profissional. Cabe a pelo menos um deles, (eu esperava que tivesse sido o nosso jogador…), declarar que o interesse cessou, o que não aconteceu. Assim continuam as especulações, como se pode ver pela imprensa de hoje. De JM leio estas declarações, que são a antítese da paixão pelo clube e não negam a vontade de ir embora, dando assim gasolina para a irritante fogueira das manchetes.
O laxismo seguido neste caso parece-me uma forma de varrer o lixo para baixo do tapete e, se assim for, mais tarde ou mais cedo ele reaparecerá, com consequências. PB dizia que nós saberemos ultrapassar esta situação, pelo que conhece dos sportinguistas, dos seus 9 anos de ligação ao clube. Não duvido da generosidade dos sportinguistas, mas lembro que foram as declarações de JM que despoletaram o nosso caso deste verão.
Lembro, a propósito, esta estranha cronologia: 1- Moutinho muda de empresário. 2- PC declara que JM é um jogador à fcp e que gostaria de o ver lá. 3- jm e o empresário encontram-se “casualmente” no Porto. 4- JM faz as declarações conhecidas, nitidamente como recado para a massa associativa, atendendo a que a sua vontade já era do conhecimento da SAD. 5- Logo aparecem as justificações, até então desconhecidas do grande público e dos sportinguistas, remetendo para dificuldades financeiras e familiares. Como se um individuo que aufere mais de 100 mil euros mensais, com apenas 21 anos, tivesse problemas irresolúveis. Ou que Lisboa não fosse suficientemente grande para se afastar de quem se incompatibilizou.
Enquanto esta situação se mantiver serei dos que não aplaudirei este jogador, sendo para mim a braçadeira no seu braço um insulto ao sportinguismo. Se a sua folha de serviços era até este caso impecável e digna de ser citada como exemplo, é também indesmentível que o Sporting sempre lhe deu tudo, até uma braçadeira em tenra idade, que motivaram elogiosas comparações com o incomparável Francisco Stromp. Diz JM que continuará a dar o seu melhor. Pergunto eu se o tem feito apenas por ele e por futuros contratos ou porque sente a camisola que veste e o clube que representa?
verdão(sl)
Sangue LEONINO
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