O que as bolas ditaram
A melhor atitude:
As bolas foram lançadas e não adianta protestar contra o resultado que produziram. Calhou-nos o Glasgow Rangers, equipa que divide as atenções e os troféus com o Celtic, no país onde os homens usam saias, especialmente em ocasiões de gala. Para passarmos esta fase, e juntarmo-nos aos últimos 4, não nos adianta pensar que o sorteio podia ser melhor ou pior, mas sim ir à luta pela melhor sorte.
O que nos diz a história:
O histórico do confronto entre o nosso clube e os Rangers resume-se a uma eliminatória da Taça das Taças, nos idos de 71/72. Perdemos em Glasgow por 3-2, fizemos o resultado inverso por 4-3, sendo eliminados pelo golo de diferença. Os escoceses venceriam a competição. No contexto geral das disputas com equipas escocesas temos 5 vitórias e 5 derrotas, com 19 golos sofridos fora, o que dá uma média de 3,8 golos por jogo! Isto pode dar uma indicação de como é dificil as pernas correrem perante milhares de escoceses a cantar em fúria.
O que fazer no presente:
A história conta, mas pouco pesará quando o árbitro der inicio ao jogo. O 1º jogo é na Escócia, o que me parece favorável, se for encarado de frente e sem medos. Tendo em conta os níveis de ansiedade e a inexperiência da equipa, a ordem dos jogos pode resultar a nosso favor: Não há urgência em marcar golos, podendo a equipa adoptar a postura em que se sente melhor: a de espera do adversário. O pior será conseguir aguentar o embate com aquela parede de adeptos endiabrados, para uma equipa com elementos quase imberbes como a nossa.
Quem é actualmente o Glasgow Rangers?
Tal como nós é uma equipa despejada da CLeague. Ao contrário de nós comanda o seu campeonato, com 3 pontos de vantagem sobre o Celtic, mas tem menos 1 jogo! Ao contrário de nós, estão com uma série de 11 jogos consecutivos/11 vitórias no seu campeonato, e este ano, em todas as competições, perderam apenas com Werder Bremen, que eliminaram. No entanto, antes desta única derrota do ano, registavam 20 jogos sem perder! Os seus elementos de maior visibilidade são C. Boyd e Darcheville. É uma equipa onde abunda a juventude, mesclada por jogadores experientes. Tem uma média de idades de 23,57 anos. Treinados pelo experiente Walter Smith, jogam no fantástico Ibrox Stadium, parecido com o nosso Alvalade sem a aberração do fosso. Os que tiverem a honra de acompanhar a nossa equipa encontrarão um dos melhores ambientes para ver futebol a sério e seguramente que se lembrarão durante algum tempo mais, pelas melhores razões, espero eu... Os adeptos escoceses são fans incondicionais, mas recebem habitualmente bem. Ah!, e convém não esquecer que Glasgow é uma cidade digna de visita. Esqueçam os whiskeys que conhecem porque lá abre-se um leque de inúmeras e memoráveis (ou talvez nem por isso…) descobertas.
As nossas hipóteses:
Seria uma pena que chegássemos a esta fase da competição com qualquer complexo de inferioridade, ou com atitudes displicentes como as que vimos ontem, sobretudo na 1ª parte do jogo. Temos as mesmas hipóteses que eles, se soubermos aguardar pela nossa hora de desferir as melhores estocadas. Se soubermos perceber que, nestes 2 jogos jogaremos apenas contra o Glasgow e não contra todas as adversidades e insuficiências com que nos temos arrastado neste campeonato. Em suma: se soubermos ser audazes a sorte proteger-nos-á. E se pensarmos que, com sorte e mérito, só encontraremos o Bayern ou alguém por eles na final…
Sangue LEONINO
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