A três dias do final da corrente época, e não se sabendo ainda o desfecho da final da Taça, importa fazer um primeiro balanço. E esse balanço tem forçosamente que ser positivo.
Nunca será demais recordar que enquanto os nossos rivais planificavam e implementavam serenamente a temporada nós nos debatíamos com uma incerteza atroz e com uma turbulência jamais vista em 113 anos de história.
Uma direção prestes a ser destituída, mais tarde substituída por uma comissão de gestão, e posteriomente, já com a época 2018/19 em andamento, a tomada de posse de novos órgãos sociais.
Jogadores a rescindirem unilateralmente, muitos com grande peso no balneário e com vários anos de casa, massa associativa dividida e em polvorosa, tesouraria esfrangalhada e ainda descredibilização total aos olhos de potenciais investidores e financiadores.
Chegados a esta altura com um terceiro lugar na liga, à frente de um sólido Braga e apenas atrás dos outros dois grandes, que ainda por cima não se coibiram de utilizar uma vez mais outras armas que permitiram ganhar jogos, não apenas à custa de bom futebol, mas também de outros ‘argumentos’, o saldo é inegavelmente positivo.
Junte-se uma taça da liga arrecadada no início do ano, batendo na final o FC Porto, outra presença no Jamor para lutar pela taça de Portugal com esse mesmo adversário após termos eliminado o novo campeão nacional, e ainda a reconciliação com a massa associativa, a qual embora dividida jamais deixou de apoiar a equipa.
Alguns dirão que tudo isto é curto para um clube com os pergaminhos do Sporting. Pois é. Concordo. Mas também importa relevar que nos últimos 38 anos apenas ganhámos 4 campeonatos nacionais, e na maioria de todas essas épocas sem passarmos por tempos atribulados como aqueles que há um ano assistíamos.
Se a tudo isso somarmos vários títulos europeus conquistados nas várias modalidades em
2018/19, enquanto adeptos e sócios só podemos mesmo dizer que o saldo é positivo.
Apenas sportinguistas sectários e facciosos, ou intelectualmente menos honestos, poderão afirmar o contrário!