Época 2015/2016:
Trabalhou com o plantel que a Direcção decidiu colocar à sua disposição. Ganhou uma SuperTaça e lutou pelo título até final da época, conseguindo um recorde de pontos (86).
Valorizou jogadores (Slimani e João Mário) que saíram por valores inéditos em Alvalade. Idealizou, construiu e apresentou um futebol bonito, de ataque, com a equipa a ser quase unanimemente considerada a melhor a jogar em Portugal.
Época 2016/2017:
A Direcção deu-lhe carta branca para escolher jogadores, e tal como havia feito noutras paragens, optou por contratar a avulso estrangeiros de qualidade duvidosa (Douglas, Petrovic, Meli, Markovic, André, Elias, Ruiz, Spalvis...) na lógica de que em pacotes de 10 ou 20 contratações alguma há-de resultar. O problema é que as limitações orçamentais que temos face a poderosos emblemas e ligas europeias nos impõem que sejamos certeiros e cirúrgicos nas contratações. Mesmo que isto às vezes seja como os melões: só depois de abertos...
Desportivamente, eliminados da Taça de Portugal, da Taça da Liga, afastados da Champions na fase de grupos (1 vitória, 5 derrotas) e arredados do título a várias jornadas do fim.
A nível de exibições, raras vezes se viu esta época um futebol bonito, consistente e convincente, sendo que a maior e honrosa excepção - pese embora a derrota - talvez tenha sido Madrid.
Treinador mais bem pago de Portugal, um dos mais bem pagos na Europa e futebol leonino dotado do maior orçamento da nossa história.
Por tudo isto, e tendo Jorge Jesus mais 2 anos de contrato, se não saír por sua livre vontade no final da presente temporada (rumo ao Dragão?), creio que fará todo o sentido dar-lhe a possibilidade de trabalhar mais uma temporada em Alvalade para demonstrar se 2015/2016 - pese embora a magreza de títulos - foi a excepção ou se na realidade podemos aliar ao bom futebol que já antes exibimos a ambicionada conquista de títulos.
2017/2018 terá que ser forçosamente o tira-teimas para Jesus porque jamais algum outro treinador beneficiou de tantas condições em Alvalade para poder chegar ao título e acabar definitivamente com o jejum que dura desde 2002!
É que já não há mesmo espaço para errar nem desculpas para voltar a falhar!
Nuno M Almeida