Derlei continua no Sporting na próxima época?
GreenPower
Parece ter passado despercebida a entrevista dada pelo Dr. Sérgio Abrantes Mendes (SAM) ao C.M. e que pode ser lida aqui. O facto de se tratar de um ex-candidato a presidente do clube torna necessária uma análise ponderada às palavras por ele proferidas. Como traço geral pareceu-me um SAM diferente do que vimos em campanha eleitoral, com um discurso mais abrangente e cauteloso, evitando comprometer-se nos temas mais quentes. Senão é uma porta aberta é pelo menos uma janela com perspectiva sobre a recandidatura. Os seguintes pontos são os que me parecem os mais relevantes (são comentários meus e não citações):
SAM não assume nem rejeita a hipótese de se recandidatar.
Sob o argumento da estabilidade não se pronuncia sobre a continuidade de PB, pese a desilusão que sente pela má época. Liga o destino do treinador à SAD e nota-se uma ambiguidade relativamente à sua continuidade. Uma ligeira inflexão para quem dizia há pouco que PB seria o menos culpado.
Acentua a diferença actual de 23 pontos para o 1º classificado justificando-a com a falta de ambição da Administração da SAD, sobretudo do discurso sem ambição de FSF, acrescentando que ele seria um presidente a tempo inteiro.
Advoga a continuidade de Liedson, Moutinho e Veloso como imprescindível à competitividade da equipa.
O tema incontornável do património, que marcou de forma encarniçada o debate nas eleições, e cujo estigma se mantém ainda hoje entre nós, é abordado sem grandes novidades, indicando que a renegociação da divida seria a sua 1ª medida.
Sobre a liderança, reforço e papel da formação no plantel SAM escudou-se em generalidades como “trabalho, competência e organização”, sem avançar nomes ou estratégias.
Entende como extemporânea a realização de uma AG nesta altura.
Surpreendentemente, ou talvez não, cauciona a actuação dos corpos sociais no “apito dourado” dizendo que o clube não tinha que assumir o papel de delator. Sendo um elemento proeminente no aparelho judiciário não se escusa a condenar a actuação da justiça no caso.
Paralelamente surgiu hoje em “O Jogo” uma sondagem que revela que 61% dos inquiridos desejam a recandidatura de FSF e que 59% entende que o Congresso se deve realizar no próximo defeso. Tudo isto seria relevante se não fosse o “pormaior” de apenas 29,7 dos inquiridos serem adeptos do SCP. Para que serve uma sondagem assim? Como interpretar estes dados? Os tradicionais opositores a esta direcção, e os de FSF em particular, poderão dizer que os nossos adversários, ao se expressarem favoráveis à sua continuidade, pretendem que se eternizem as nossas fragilidades…
Relevante terá que ser considerada a entrevista de Luis Figo à Sportv. Diz que nunca teve propostas, compreende que a sua vinda como jogador seria incomportável para o clube mas nada sobre a possibilidade de assumir outro tipo de responsabilidades no clube. Figo construiu a sua carreira de forma calculista, procurando sempre o melhor que podia tirar da conjuntura. E assim tudo indica que vai continuar.
O feriado do 1º de Maio poderá ser aproveitado para conhecermos alguns dos candidatos a estrelas da nossa equipa de futebol e ainda por cima num derby. A SAD reconhece o esforço que os sócios têm feito este ano, permitindo a entrada grátis e ainda de um acompanhante. Os restantes pagam apenas 5 €.
Afinal a lesão de Liedson é mais grave do que se imaginou inicialmente e deixa-nos a todos apreensivos. Corre o risco de nem jogar a Final.
verdão
Já depois de publicar o post leio no site do clube que Saleiro renovou por 4 anos. Uma noticia que nos deixará alegres com certeza.
Na enésima vez que tento escrever este post ainda não sei por onde começar. É que se estou contente por termos chegado ao segundo lugar, após 6 meses de autêntica via-sacra a ver as traseiras dos Vitórias mais o slb, não posso ficar contente por ter que forçar a minha miopia para conseguir ver o 1º classificado.
E ainda mais triste fico sempre que me lembro da forma fortuita como nos alcandoramos aquele que muitos chamam o primeiro lugar dos últimos, mas que significa, entre outras coisas, poder ou não reforçar o plantel para a próxima época.
Por mais optimista que queira ser na abordagem ao jogo de ontem, a verdade é que a equipa fez uma exibição demasiado desgarrada e de baixa qualidade para quem sabia da importância e diferença que constituiria uma vitória. De que precisa esta equipa para se motivar?
A tristeza é maior por não conseguir perceber se, à semelhança do que já aconteceu anteriormente, nem o facto de estarmos apenas dependentes de nós chegará para despertar a equipa do torpor e desnorte com que aborda a maior parte dos 90 minutos dos jogos. A vitória de ontem trouxe pouca alegria porque, ao invés de nos dar segurança, acentuou ainda mais o espectro da incerteza no que nos reserva o futuro imediato.
É que esta equipa é não só masoquista mas também convictamente sádica. Quantas vezes nos fez já acreditar nela para, na 1ª oportunidade, nos fazer sentir uns optimistas tontos?
O pior que posso desejar neste momento é que aconteça o mesmo nos 2 jogos que faltam: independentemente da exibição, ganhem! E para combater esta apagada e vil tristeza tudo farei para estar em Paços de Ferreira no domingo. Já me lançaram o repto, que estou em vias de aceitar. Que tal invadir a capital do móvel? E, se jogarmos o que vem sendo hábito, não faltarão camas para dormir a sesta. Com pesadelo à mistura, claro.
P.S. : Talvez hoje se perceba melhor porque tenho defendido aqui como um erro a promoção extemporânea de Patrício. Foi doloroso ouvir os assobios que ontem lhe dedicaram, mas cujo destinatário só deveria ser PB. Como já aqui disse, se alguém teria que ser queimado nesta época de 8 ou 80 não havia de ser um miúdo inexperiente de 19 anos, quando temos no plantel um internacional sérvio e um campeão pelo nosso clube. Mas PB, para infundir disciplina a Stojkovic e, quiçá, em nome do futuro imediato de Patrício (com a possível convocatória para o Euro) não se parece ralar com os anticorpos que as suas falhas e inseguranças vão criando no seio dos adeptos. Por isso quase me vejo obrigado a dar razão ao amigo yazalde. Mas, meus caros, um erro não se apaga com outro maior: os assobios não lhe vão dar o traquejo de que necessita.
verdão
Tenho uma admiração muito especial pelo Sá Pinto, já escrevi montes de posts sobre ele e sobre o que ele representa para mim como antigo jogador leonino, antigo capitão e sobre tudo como Homem.
Ele foi dado muitas vezes como acabado para o futebol, lutou com garra e sempre voltou mais forte do que nunca.
Na minha memória ficaram para sempre a finalissima da Supertaça ganha em Paris frente ao Porto aonde assisti, in loco, a uma exibição empolgante da equipa leonina...e os 1-3 frente ao benfas.
O Sá Pinto simbolizou o que é o meu Sporting:
indomavél, intransigente, irreverente...simplesmente irresistivel!
Mais palavras ... para quê?
Saudações leoninas
Mindo
O regresso de Sá Pinto a casa só pode ser uma boa notícia. Dado o tempo dispendido na sua formação profissional (mestrado em markting desportivo) Sá Pinto não estará em full-time nas funções que agora lhe são atribuídas: relações externas e internacionais e em conjunto com a comunicação e o marketing. Saúdo o regresso do capitão, que enquanto jogador soube interpretar na perfeição o significado da nossa divisa. Espero que o mesmo possa ser feito com Luis Figo, (Ok, batam à vontade…) que se apresta a terminar a carreira. Quando vejo os nossos arqui-rivais incorporarem os seus ícones, parece-me um verdadeiro crime se não soubermos aproveitar esta mais-valia que podia ser Figo. A propósito leiam isto.
Não se pode dizer que PB trouxesse grandes novidades. Salientaria que se PB acha que um treinador não deve criar problemas, não ter medo de problemas e saber resolver problemas. Bem agradecidos lhe ficaremos se conseguir resolver a inconstância que caracteriza a equipa desde os primórdios da época. E também percebesse que os orçamentos não justificam tudo, porque senão como pode justificar os últimos 2º lugares à frente do slb? E aceitando a primazia dos orçamentos é uma inevitabilidade ficarmos sempre atrás do fcp?
* os comentários em itálico foram acrescentados após a colocação do post.Pois. Bem me apetecia falar única e exclusivamente de cinema e esquecer o futebol. Podia-me ficar por esse filme dos anos 40, que vi muitas vezes ainda a preto e branco, com interpertação de Spencer Tracy e com um elelenco feminino que ainda hoje poderia cortar a respiração a muito adolescente: Lana Turner e Ingrid Bergman. Para os menos atentos à cinematografia relembro, sucintamente, que o filme é baseado num romance em que o Dr. Jekkyl, um médico e investigador dedicado, se transforma por vezes em monstro.
Este tem sido o trajecto da nossa equipa: ora joga a um nível entusiasmante ora nos decepciona amargamente. E ao longo desta época tem repetido o feito incessantemente, por vezes até durante o mesmo jogo. Digno de Jekkyl & Hide!
Como é hábito nestas circunstâncias não falta quem bata nos que estão mais à mão:
No Presidente e na SAD porque fica bem e está na moda. Até os que defendem a permanência de PB à exaustão o fazem, fechando os olhos ao facto de que, com estes resultados e outros dirigentes PB já cá não estaria há muito. Na hora da vitória, como a da Taça, ninguém se lembrou deles. Estranho, no mínimo.
Na equipa e em alguns jogadores em particular. Só que são os mesmos que há 4 dias não nos cansamos de elogiar a atitude que permitiu a reviravolta fantástica. Dizia eu que, com isso, conseguiram um lugar nas páginas de ouro da nossa história, ao lado dos que fizeram os 5-0 ao Manchester ou os 7-1 ao freguês do costume. Pois ontem o máximo que deve ter conseguido é enriquecer o anedotário futebolístico nacional. Não souberam ser dignos do seu próprio feito e expuseram-se ao ridículo. Como podem vir afirmar-se candidatos a um lugar na CL sendo goleados por uma equipa que, neste momento, tem as chuteiras mais na Vitalis do que da Bwin?
Quanto ao treinador é cada vez mais notória uma bipolarização: há quem nem se importe de descer com ele aos infernos das mais miseráveis exibições, sem ser capaz de lhe apontar o mais ténue erro ou hesitação, preferindo apontar as responsabilidades noutras direcções. E cada vez mais se nota que, para estes, quem não concorda com eles é contra o SCP, como se PB fosse maior do que o clube. Outros conseguem ver culpas de PB em tudo o que está errado, seja isso da responsabilidade de outros intervenientes ou não. Eu continuo a pensar sobre PB o que sempre tenho dito aqui: possui qualidades humanas desejáveis para um líder (embora discorde, p.ex., da forma como aplica a disciplina, como se estivesse num quartel), mas é um treinador em formação, tal como são os jogadores Pereirinha ou Patrício. Ainda vamos ter que assistir a muitos erros, enquanto lhe pagamos o estágio. A SAD assumiu esse risco e tem sido coerente, mesmo arriscando-se. Agora não consigo perceber como se pode isentar em absoluto o nosso técnico de resultado tão vexante como o de ontem.
Como creio que as derrotas e vitórias se alicerçam num processo colectivo, onde cada um tem o seu papel a desempenhar, penso que o resultado de ontem foi o somatório de vários erros, embora cada parcela concorra de forma percentualmente diferente para o resultado final. E ontem, meus amigos, todos falhamos. Ao deixarmos a equipa quase sozinha, entregue a si própria, num estádio vazio, após uma vitória homérica, fomos os primeiros a deixar a mensagem que talvez o jogo não fosse assim tão importante. A equipa entrou demasiado arrogante em campo, pensando, talvez, que se recuperou de um resultado desfavorável em 27 minuto, perante um adversário muito mais forte que o Leiria, podia dar o avanço que deu. Fez aquela figura triste de novo-rico num restaurante em voga, que se deslumbra com o dinheiro fácil e depois fica surpreendido com a factura. Também não gostei da postura passiva de PB, que ontem somou mais um banho táctico de Vitor Oliveira, como aconteceu com Jesus, Carvalhal ou Cajuda. Talvez não seja por acaso. São todos treinadores portugueses, que sabem de cor como joga sempre a nossa equipa. Mas ontem, com uma atitude tão displicente da equipa, estou em crer que PB pouco mais poderia fazer.
verdãoOs 90 minutos de um jogo de futebol podem até ser uma lição para a vida. Ontem pudemos verificar que não se justifica o êxtase delirante quando as coisas nos correm de feição – como aconteceu com os benfiquistas quando se apanharam a ganhar por 2-0 – nem o afundar depressivo quando tudo nos corre mal. O delírio faz-nos perder o tino e a depressão impede-nos de o buscar. It´s over only when it´s over, isn´t it Ismas, Best One?
O jogo de ontem em particular começa por ser uma lição para todos os dirigentes cá do burgo. Mesmo sabendo que não é possível haver sempre jogos com tais picos de emoção, bem faziam se cuidassem de criar as condições para que os adeptos tivessem a noção clara que quando "vão ao futebol" vão ver um jogo inteiramente disputado em cima do relvado, sem jogos acessórios ou subterrâneos, como os que o nosso futebol é fértil. Teríamos com certeza mais estádios cheios e, por consequência, o futebol seria um espectáculo mais saudável.
Pode também ser uma lição para os intervenientes directos: técnicos e jogadores. Às vezes as noções tácticas e técnicas são apenas teorias. Um jogo de futebol pode ter vida própria, acima dos espartilhos calculistas.
PB bem pode retirar algumas lições do sucedido ontem. A primeira parece-me claramente que terá percebido que mexeu em demasia e mal na equipa, como se, para mudar 2 cadeiras fosse necessário desmontar a sala toda. Assim deixou expostos, de uma assentada, 3 jogadores: Veloso, que ao recuar para a sua posição de origem nunca se conseguiu adaptar, estando nos 3 golos sofridos. Adrien que senão serviu para jogar com adversários mais fáceis, tendo sempre Moutinho sido preferido, dificilmente pode entrar num jogo de elevado ritmo, pese a sua categoria. E, finalmente, Gladstone, que, ao recolher ao banco, vê a sua confiança descer a pique. A segunda, talvez mais importante, é que o losango estava a ser um Mosteiro dos Jerónimos atado aos pés da equipa e que pode haver vida para lá dele.
Mas PB também deu algumas lições. A primeira foi uma lição de liderança. Ninguém sabe o que disse no balneário e, na verdade nem é preciso saber, porque a imagem transfigurada da equipa na 2ª parte vale por milhares de palavras acertadas que possa ter dito no intervalo. E se tal não fosse suficiente, estão aí as declarações dos nossos jogadores para o atestar. Num momento difícil, PB demonstrou que não perdeu a orientação, característica que apenas os líderes costumam exibir. A segunda lição é uma lição de aperfeiçoamento ou de evolução. PB aprendeu com o erro dos 3 centrais com equipas fortes (Braga e Glasgow) e ontem, é verdade com melhores opções, mudou o que não funcionava: o losango, mais em particular o seu vértice mais avançado: Rogmagnoli.
A lição que a equipa poderia retirar deste jogo já a devia ter interiorizado há muito: dar avanço ao adversário pode ser fatal e quando não é dá muito mais trabalho recuperar dele. Mas a equipa soube dar uma grande lição de sportinguismo, fazendo valer em campo a nossa divisa: a Glória vem depois do Esforço, Dedicação e Devoção, por maior que seja a adversidade. Outra grande lição que deve retirar é uma lição de confiança e coragem. Esta equipa pode ser muito melhor do que deixou transparecer ao longo da época. Jogos como o de ontem e até mesmo o jogo da Champions frente à Roma não podem ser produtos do acaso. Talvez precise de acreditar mais, de querer mais e de que nós acreditemos também, já agora. Muitas vezes é preciso mandar a táctica às malvas e pôr todo o coração. Ontem a equipa fez isso e por isso estamos todos agradecidos.
Nós, os adeptos, também podemos retirar lições do sucedido ontem, mesmo tendo contribuído de forma generosa para o desfecho final positivo. A primeira lição é a de amor-próprio: somos muito maiores quando puxamos todos para o mesmo lado, quando as claques estão juntas, quando puxamos pela equipa mesmo a perder, quando comparecemos em massa. Outra lição (inevitavelmente é também comum à equipa, embora também tenha que partir dela) a retirar: coragem para confiar na qualidade da equipa e dos nossos jogadores. Não se vira um jogo assim se a base da equipa não tiver valor.
verdão
A importância de ganhar fica bem espelhada no momento que atravessamos, após a vitória sobre o Leixões: se não ficou para trás a angustiante derrota com os protestantes de Glasgow, pelo menos a exposição da ferida foi reduzida.
O efeito analgésico e até por vezes anestesiante das vitórias não nos deve porém retirar a objectividade e devemos adoptar o mesmo procedimento aquando dos resultados indesejados. Por isso partilho convosco algumas reflexões sobre o momento actual do futebol.
Continuamos longe de produzir exibições seguras. Desta vez não foi tão evidente como no jogo anterior com o Braga, até porque o adversário não podia exibir os mesmos argumentos. Ficou no ar a dúvida de como será com um contendor mais exigente. Pergunto-me se esta fórmula encontrada por PB para por a equipa a jogar não estará no final do seu período de validade, tantas são as limitações e constrangimentos na hora de assumir as responsabilidades como equipa que se quer ganhadora. Fica a satisfação do resultado positivo, que nos catapultou para o 3º lugar. Fica igualmente a esperança de que o mesmo sirva de estímulo para a recta final da temporada.
Ficou também claro que, joguemos muito ou pouco, temos sempre que o fazer sem poder contar com a imparcialidade dos juízes. Seja nos nossos jogos sejam nos dos adversários. O Guimarães lá marcou mais um golo precedido de fora de jogo e que foi o único da partida, o fcp foi o que se viu mais uma vez. A nós tiraram-nos o 1º golo, que muitas vezes é a gazua que separa as equipas dos 3 pontos.
Aqueles que nos chamam “calimeros” querem é que nos calemos, enquanto nos comem as papas na cabeça. Eu bem os vejo. O PC, mesmo ganhando, voltou ao discurso do “nós contra todos”, qual D. Quixote, dando razão a todos os agnósticos quando invoca a justiça divina, sem que nada lhe aconteça. LFV e Chalana andavam com aquela do “querem empurrar-nos para baixo”. Esqueceram-se da Académica e que para isso estão lá eles…
Não sei se foi o passeio da Académica no Colombo que fez com que muitos voltassem ao estádio. Creio que também deve ser contabilizado como factor desmobilizador o facto dos jogos das taças não serem contemplados pelos bilhetes de época, associado ao factor das exibições pouco conseguidas da época. A prova dos nove teremos na próxima quarta-feira.
Por falar na meia-final da Taça de Portugal ficam aqui alguns pontos:
Dada a forma como os bilhetes estão a ser vendidos, seremos mais que eles?
O resultado de sexta-feira foi bom para o “nosso pouco objectivo” 2º lugar e mau para o nosso outro objectivo Taça de Portugal?
Quanto vai pesar menos 48 horas de descanso? A “cheirinho inconfundível das bifanas e couratos” do Jamor não serve de doping aos nossos jogadores?
E se, chegados ao Jamor, depararmos com outra equipa vestida de verde e branco jogaremos um bocadinho melhor que das últimas 4 vezes esta época? Ou pelo menos mostraremos maior vontade de ganhar do que no Algarve? Confesso que estou mais à-vontade com os de azul-e-branco. Até porque não jogando o Stojkovic, não estou a ver o que irão inventar desta vez…
verdão
Tento sempre não escrever a seguir a derrotas, sobretudo se estas forem marcantes como a de quinta-feira. A amargura da derrota não é fonte de lucidez e objectividade. Passados estes dias todos são poucas as coisas que ainda não foram ditas. De quinta-feira ficam no entanto algumas ideias que merecem reflexão. Perguntas à espera de resposta.
Perder é sempre preocupante, mais preocupante ainda se a derrota é em casa, frente a um adversário perfeitamente ao alcance. Muito mais preocupante ainda é que, em 180 minutos de jogo, não tehamos marcado um único golo. Como poderíamos querer passar assim a eliminatória? Nos penaltys?
Não faço grande drama de uma derrota nem de uma eliminação, apesar de desejar obviamente o inverso. Preocupa-me mais a demonstração de ineficácia crónica desta equipa, que tende a começar logo com 45 minutos oferecidos ao adversário. Isso leva-me a perguntar se preparamos tão bem os jogos como os nossos adversários. Leva-me a questionar se o nosso futebol, a nossa disposição táctica, não será demasiado previsível, e, por consequência, muito fácil de anular. Sobretudo quando temos que ter a iniciativa do jogo. Ora para jogar para títulos não nos podemos remeter a um futebol de expectativa como pode fazer um Setúbal, Guimarães ou Belenenses.
Será que é por jogarmos um futebol pouco atraente que leva a que num jogo tão decisivo como o de quinta-feira não consigamos pouco mais que meia casa? Será que os sportinguistas estão assim tão descrentes na equipa? Se assim é, acreditamos ou não na possibilidade do segundo lugar e de chegar à final da Taça? Sejam lá quais sejam as razões, mesmo que económicas até, é obrigatório reflectir e tirar conclusões sobre este preocupante alheamento.
Assisto com alguma pena à imolação de Gladstone pelos média e pelos sportinguistas. Não vi que fizesse pior jogo que Tonel, que errou tanto e por vezes pior. Muito menos aceito que o culpem do golo inicial, cujo lance teria sido morto por ele, não fora a imprevidente intromissão de Veloso. Além de que a maior parte dos julgamentos primam pela injustiça de exigir a um jogador que praticamente não é utilizado, que quase não fez dupla com o colega, o ritmo de Polga, que por sinal também se fartou de meter água no jogo anterior com o Braga. Aproximam-se jogos decisivos e Gladstone terá que ser titular, pois Polga continua de fora. Acham melhor assobiá-lo? O exemplo da tragicomédia que tem sido a passagem de Farnerud pelo nosso clube parece ter muitos adeptos para reedição.
Muito se tem falado de Tiuí e de Carlos Saleiro. Eu sou dos que me interrogo como pode um clube que faz da formação uma bandeira ir buscar um ao Brasil e deixar o outro, ainda por cima com contrato a expirar. Mas se querem ir ao mercado ao menos façam-no bem. Consta que 50% do passe do brasileiro custou 600 mil €. Ora Weldon, do Belenenses, tem o passe avaliado por 500 mil€ e pode ser contratado pelo fcp. Aliás tal como Rolando e Ruben Amorim pelo slb, sem falar em Rodrigo Alvim, tudo jogadores a custo zero.
Espero que o jogo da Luz tenha sido visto pelos nossos jogadores. Para que percebam que, donde menos se espera, surgem por vezes as maiores surpresas. Para que percebam que todos os adversários são difíceis, até o jogo estar assegurado. Que percebam isso e o tenham em conta já amanhã.
verdão
Quando voltamos a ter o nosso estadio assim?
Video Thanks to OFENSIVA1906
The Best One
Tenho consciencia que é muito facil em cima de uma derrota descarregar no treinador, mas o Sporting é um Clube com nome muito grande, nao podemos deixar que caia na desgraca.